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Com dados do governo Temer, Bolsonaro discutirá transição com aliados

'Núcleo duro' do novo governo – futuros ministros Onyx Lorenzoni, Paulo Guedes e Augusto Heleno e o advogado Gustavo Bebianno – participa de reunião

Por Agência Brasil Atualizado em 4 jun 2024, 16h34 - Publicado em 30 out 2018, 09h15
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  • O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) faz nesta terça-feira a primeira reunião de trabalho com aliados mais próximos para definir os rumos do governo de transição. O deputado federal Onyx Lorenzoni (DEM-RS), confirmado para a Casa Civil, apresentará os dados coletados durante reuniões em Brasília com o ministro-chefe da Casa Civil, Eliseu Padilha (MDB), que coordena a equipe de transição do presidente Michel Temer (MDB).

    O próprio Onyx confirmou a reunião. A previsão inicial era de que Bolsonaro viajasse para Brasília. Nesta segunda-feira, porém, o presidente eleito disse que vai à capital federal na próxima semana e que a “primeira pessoa” que pretende encontrar é Temer.

    Na reunião desta terça, no Rio de Janeiro, a expectativa é de que participem os integrantes do chamado “núcleo duro”, que são os assessores mais próximos de Bolsonaro. Além de Onyx, devem estar presentes o general da reserva Augusto Heleno, confirmado para a Defesa, o economista Paulo Guedes, que deve assumir o Ministério da Fazenda (ou Economia, se houver fusão com outra pasta), e o advogado Gustavo Bebianno.

    Em entrevista na segunda à TV Record, Bolsonaro disse que são “estarrecedores” os dados sobre a máquina administrativa federal, sobretudo a respeito do número de funcionários e despesas. Ele reiterou que pretende privatizar ou extinguir algumas empresas, mas que não vai prejudicar os funcionários públicos.

    Também afirmou que sua intenção é reduzir o número de ministérios. Anteriormente, ele afirmou que gostaria de diminuir de 29 para quinze.

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    Transição

    Na quarta-feira, Onyx retornará à Brasília para conversar com Padilha, quando este espera receber os primeiros nomes da equipe de transição do novo governo. A equipe deve reunir até cinquenta nomes de pessoas que vão trabalhar em um ambiente organizado exclusivamente para este momento, que é o Centro Cultural do Banco do Brasil (CCBB), em Brasília.

    Essas cinquenta pessoas serão nomeadas para Cargos Especiais de Transição Governamental. Esses cargos poderão ser ocupados a partir desta terça-feira 30 e devem ficar vagos até o dia 10 de janeiro, conforme disposição legal.

    A equipe nomeada em caráter especial receberá salários que vão de 2.585,13 a 16.581,49 reais. São oito cargos diferentes, de indicação de Bolsonaro. Vinte e cinco desses indicados receberão 9.926,60 reais e dez terão salário de 13.036,74 reais. São os dois cargos com o maior número de ocupantes. O cargo de coordenador é o de maior salário, mas se Onyx Lorenzoni for o indicado, ele não poderá receber a remuneração, uma vez que já recebe como deputado federal e não poderá acumular as duas funções.

    Na segunda, Bolsonaro afirmou que a transição transcorrerá “em tranquilidade” e agradeceu o apoio de Temer neste período. Padilha, por sua vez, disse que Temer pensa da mesma forma. “A intenção do presidente Michel Temer é fazer uma transição com a maior transparência possível, ofertando todas as informações que estejam disponíveis no governo e sejam solicitadas, para que tenhamos, desde logo, o Brasil andando.”

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