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Como a doação de Piquet a Bolsonaro pode complicar a vida do ex-piloto

Tricampeão é alvo de processo por racismo e pode ter de desembolsar R$ 10 milhões. Valor da doação ao presidente seria sinal de capacidade financeira

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 31 ago 2022, 17h03
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  • A doação de 501.000 reais que o tricampeão do Fórmula 1 Nelson Piquet fez à campanha à reeleição do presidente Jair Bolsonaro é o mais novo elemento do processo judicial que o ex-piloto enfrenta na Justiça por racismo e homofobia. Na ação, Piquet pode ser condenado a desembolsar 10 milhões de reais em danos morais coletivos e sociais – e é exatamente neste ponto que a contribuição financeira a Bolsonaro abre caminho para se transformar em um elemento complicador.

    É que a Educafro Brasil, o Centro Santo Dias de Direitos Humanos, a Aliança Nacional LGBTI+ e a Associação Brasileira de Famílias Homotransafetivas (Abrafh), autoras do processo, afirmam que o repasse de Piquet ao projeto bolsonarista demonstra que ele auferiu, no mínimo, 5 milhões de reais em 2021, o que, em tese, comprovaria sua capacidade financeira para arcar com a eventual indenização. A Lei de Eleições prevê que doações de pessoas físicas a campanhas eleitorais são limitadas proporcionalmente a 10% da renda bruta do doador no ano anterior.

    Conforme mostrou VEJA, o juiz Felipe Costa da Fonseca Gomes, da 20ª Vara Cível de Brasília determinou a notificação de Nelson Piquet para que ele apresente contestação sobre o teor de uma entrevista em que, em 2021, referiu-se ao heptacampeão Lewis Hamilton como “neguinho”. Como o ex-atleta não foi encontrado em sua residência em Brasília, a nova estratégia é notificá-lo por carta com aviso de recebimento. Com essa modalidade, basta que o documento seja recebido por alguém no seu endereço para que o prazo de 15 dias para contestação comece a ser contado.

    Após o tricampeão ter se referido a Hamilton como “neguinho” e a Nico Rosberg, campeão de 2016, como “um b…”, o Clube dos Pilotos Britânicos suspendeu a inscrição do brasileiro, e a Fórmula 1 decidiu bani-lo da presença em competições. Depois do ato considerado racista, o piloto inglês Lewis Hamilton se manifestou em suas redes sociais pedindo que se focasse em “mudar a mentalidade”. “Essas mentalidades arcaicas precisam mudar e não têm lugar no nosso esporte. Fui cercado por essas atitudes e fui alvo por minha vida toda. Já houve muito tempo para aprender. Chegou a hora da ação”, disse.

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