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Como esquema de desvio de emendas se espalhou pelo Ceará, segundo a PF

Grupo criminoso supostamente liderado pelo deputado federal Júnior Mano teria atuado em 51 das 184 cidades do Estado

Por Ricardo Chapola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 12 jul 2025, 17h31 - Publicado em 12 jul 2025, 17h29

A Polícia Federal (PF) apura suspeitas de participação do deputado federal Júnior Mano (PSB-CE) em um esquema de desvio de emendas parlamentares e fraude em licitações e contratos que operou até recentemente em cerca de 51 cidades cearenses – quase um terço dos 184 municípios do Estado.

Segundo a polícia, o esquema funcionava da seguinte forma: o deputado, apontado como líder do grupo, enviava recursos do orçamento federal para as prefeituras, que aplicavam as verbas em obras contratadas junto a empresas comandadas por amigos de Júnior Mano.

Com isso, parte dos recursos ia parar no bolso do grupo, que usou o dinheiro para comprar votos e eleger aliados no pleito municipal do ano passado.

Os policiais já sabem que vários municípios celebravam contratos com as empresas do grupo sem realizar licitação. Em vez disso,  pegavam carona em processos abertos em outras prefeituras, através de uma modalidade chamada de adesão. Foi assim que o grupo conseguiu ampliar sua área de atuação no Estado.

Um dos municípios que mais recebeu emendas de Júnior Mano foi Nova Russas, cidade comandada por Giordanna Mano, mulher do deputado federal. Até o fim de 2024, foram quase 19 milhões de reais em emendas indicadas pelo parlamentar.

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Seguindo o protocolo, a  prefeitura celebrou inúmeros contratos com a MK Serviços, empresa que pertence a um vigilante apontado no inquérito como laranja do grupo criminoso. O mesmo aconteceu em diversos municípios, o que deixou claro para os investigadores que o esquema era organizado e tinha um comando único.

Na operação da PF, Júnior Mano teve o seu gabinete na Câmara dos Deputados revistado pelos agentes. A autorização foi dada pelo ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal.  Ao todo, os federais cumpriram 15 mandados de busca e apreensão. No Congresso, recolheram documentos e equipamentos eletrônicos do parlamentar.

O deputado foi expulso do PL de Jair Bolsonaro no ano passado. Ele nega qualquer participação no esquema criminoso e culpa disputas políticas locais pelo envolvimento do seu nome no caso.

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