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Como Michelle expôs o bolsonarismo

Entenda

Por Matheus Leitão Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 2 dez 2025, 15h44 - Publicado em 2 dez 2025, 15h34

O episódio envolvendo Michelle Bolsonaro e a articulação do PL com Ciro Gomes no Ceará abriu espaço para interpretações que vão além da superfície. Ao contrário do clã Bolsonaro — acostumado a navegar por diferentes partidos, arranjos locais e alianças circunstanciais — Michelle parece operar a partir de uma lógica menos maleável.

Uma possibilidade é que ela realmente não compartilhe do mesmo pragmatismo construído por Jair e pelos filhos ao longo de décadas. Bolsonaro migrou por pelo menos nove partidos até chegar ao Planalto, sempre tratando as trocas como parte da engenharia de acesso ao poder. Ciro, por sua vez, tem trajetória semelhante, acumulando passagens por várias siglas e redesenhando alianças conforme cada eleição exigia. Nesse universo, política é movimento.

Michelle pode não se sentir confortável nesse jogo, ainda mais quando o aliado em questão é alguém que atacou repetidas vezes Bolsonaro e seu eleitorado, chegando a afirmar que parte dos apoiadores do ex-presidente era composta por “nazistas”.

Para quem vive a política como extensão da lealdade familiar, esse tipo de histórico pesa mais do que qualquer acordo regional.

Outra hipótese é mais simples: Michelle talvez não dê a menor importância aos ritos partidários do PL. O partido é, na essência, uma engrenagem do centrão, acostumada a operar alianças amplas e pouco ideológicas. Nesse ambiente, ela é um corpo estranho — uma liderança que fala diretamente ao público bolsonarista, dispensa mediação e não parece preocupada em pedir licença antes de agir.

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Há ainda quem veja no ato um possível balão de ensaio para um voo solo. Michelle pode estar testando até onde consegue se firmar como a “resistência moral” do bolsonarismo enquanto Bolsonaro está preso e os filhos tentam administrar o espólio político. É cedo para dizer se essa interpretação se sustentará. As próximas semanas e a reação do PL darão pistas.

Por ora, o que se sabe é que o caso do Ceará escancarou uma disputa silenciosa: quem, afinal, terá a palavra final sobre o futuro do bolsonarismo? Michelle parece sugerir que não aceitará ficar à margem. O partido parece indicar que prefere outro desenho.

O choque entre esses dois movimentos está apenas começando. O tempo dirá qual deles prevalece.

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