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Condenado e preso pela Lava Jato, Lula registra candidatura a presidente

Inscrição oficial da chapa do ex-presidente - com Fernando Haddad como candidato a vice - foi acompanhada por cerca de 4.000 manifestantes no entorno do TSE

Por Edgar Maciel e Nicole Fusco, enviados a Brasília
Atualizado em 15 ago 2018, 21h19 - Publicado em 15 ago 2018, 17h43

O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), condenado e preso pela Operação Lava Jato por corrupção passiva e lavagem de dinheiro no processo envolvendo um tríplex no Guarujá, registrou oficialmente no Tribunal Superior Eleitoral (TSE) a sua candidatura a um terceiro mandato como presidente da República – ele foi eleito pela primeira vez em 2003 e reeleito em 2006.

O ato do registro, feito no final da tarde desta quarta-feira, 15, foi acompanhado por cerca de 10.000 manifestantes, segundo a Polícia Militar, que ocuparam o entorno do TSE – a grande maioria é formada por militantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) e por outros movimentos sociais que apoiam o petista.

A chapa foi registrada com o nome “O Povo Feliz de Novo”. O ex-presidente Lula foi identificado como “torneiro mecânico” no quadro “ocupação” (veja reprodução da ficha abaixo).

lula
(reprodução/Reprodução)

O pedido de registro foi entregue pela presidente do partido, a senadora Gleisi Hoffman (PT-PR), o vice formal na chapa de Lula, Fernando Haddad, a deputada estadual Manuela D’Ávila (PCdoB-RS) – que será a vice de fato tanto no caso de Lula ter a candidatura confirmada quanto na hipótese de ele ser barrado pela Justiça e substituído por Haddad – e a ex-presidente Dilma Rousseff.

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Em discurso antes de entrar no TSE para registrar a candidatura, Gleisi manteve o tom de que o ex-presidente é um “preso político”. Segundo a senadora, o registro ocorre “a despeito dos que não queriam, dos que deram o golpe e tiraram Dilma, dos que tiraram os direitos dos trabalhadores, dos que julgaram e condenaram Lula sem provas. Estamos aqui hoje de cabeça erguida para dizer a eles que não tivemos medo, acreditamos no povo brasileiro e na caminhada que nos propusemos a fazer e estamos aqui pelos direitos do povo”.

Já Haddad afirmou que o registro da candidatura “põe fim ao golpe de 2016 (impeachment de Dilma), que abalou os alicerces da nossa democracia”. Para o ex-prefeito paulistano, não há nenhum dispositivo que impeça a candidatura do ex-presidente de ser registrada.

Sobre como será a campanha sem Lula, Haddad e Manuela disseram que vão se dividir em viagens nos estados para tentar compensar a falta de participação nos debates eleitorais. “Somos militantes e estamos no lugar que sabemos estar. Fazendo campanha, pedindo voto e dizendo que o Brasil pode ser feliz de novo”, disse.

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Em relação à participação nos debates eleitorais, Haddad falou que o desejo do partido é que o “próprio Lula participe”. “O Código Eleitoral é claro ao dizer que Lula tem o direito de participar de [propagandas no] rádio e TV”, declarou.

Questionado sobre se o fato de estar em campanha nas ruas não dá a impressão de que ele já assumiu a candidatura do PT à Presidência da República, Haddad afirmou que vice “tem direito de fazer campanha”. “Vocês estão diminuindo a posição do vice”, brincou. Sem citar o nome do presidente Michel Temer (MDB), ele ironizou: “Vice é uma coisa importante, sobretudo se for leal.”

Haddad também foi perguntado a respeito da Lei da Ficha Limpa e afirmou que “o caso de Lula é particular”. “Ele está completamente protegido por um dispositivo da própria Lei da Ficha Limpa que garante recursos em casos como o dele, no qual há flagrante cerceamento do direito de defesa e julgamento muito parcial”, afirmou.

 

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