O Conselho de Ética da Presidência da República decidiu, por 4 votos a 2, arquivar o procedimento que investigava o possível conflito de interesses do chefe da Secretaria de Comunicação (Secom), Fabio Wajngarten.
A investigação preliminar foi aberta após uma série de reportagens da Folha de S.Paulo, que revelou que Wajngarten é sócio de uma empresa de comunicação que recebe recursos de emissoras de televisão e agências de publicidade que ele próprio contrata na Secom.
Em entrevista às Páginas Amarelas de VEJA, no início do mês, Wajngarten afirmou que não há conflito de interesses no caso e se disse alvo de perseguição política. “Os contratos dos dois lados foram assinados muito antes da minha chegada”, justificou.
O relator do procedimento foi Gustavo do Vale Rocha, secretário de Justiça do Distrito Federal e ex-ministro de Direitos Humanos de Michel Temer. Rocha recomendou o arquivamento da investigação e foi acompanhado por André Ramos Tavares, Milton Ribeiro e Paulo Henrique dos Santos Lucon.
Segundo o relator, não houve situação de conflito de interesses. Já os conselheiros Erick Biill Vidigal e Ruy Martins Altenfelder da Silva consideraram haver indícios de irregularidade e votaram contra Wajngarten.