Promoção do Ano: VEJA por apenas 4,00/mês

APURAÇÃO DAS ELEIÇÕES 2024

Continua após publicidade

Coordenador de curso critica protestos contra Moro em Portugal

Professor Uziel Santana diz que alunos têm 'argumentação pífia', já que maioria das decisões do juiz da Lava Jato foi acatada por instâncias superiores

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h35 - Publicado em 5 dez 2017, 18h02
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Professores Jônatas Machado e Uziel Santana e o juiz federal Sergio Moro, durante curso na Universidade de Coimbra
    Professores Jônatas Machado e Uziel Santana e o juiz federal Sergio Moro, durante curso na Universidade de Coimbra (Foto/Divulgação)

    As manifestações contra a presença do juiz Sergio Moro durante um curso na Universidade de Coimbra têm “argumentação pífia” e envergonham o Brasil. A avaliação é do advogado e professor Uziel Santana, coordenador do projeto de extensão “Transparência, accountability, compliance, boa governança e princípio anticorrupção”, que teve o juiz da Operação Lava Jato em Curitiba como docente de seu sétimo módulo, realizado nesta semana em Portugal (os outros seis ocorreram no Recife).

    Durante a passagem de Moro pela cidade, muros da universidade foram pichados com mensagens que chamavam o juiz de “vândalo” e defendiam a investigação de seus “crimes”. A Associação de Pesquisadores e Estudantes Brasileiros em Coimbra (Apeb/Coimbra), que nega a responsabilidade pelas mensagens, enviou uma carta à coordenação do curso repudiando a participação do magistrado, que, segundo a entidade, tem atuação contestada em órgãos internacionais.

    Protesto contra o juiz Sergio Moro na Universidade de Coimbra
    Muro da Universidade de Coimbra, em Portugal, pichado em ato contra o juiz Sergio Moro (@esquerdabrasileiraemcoimbra/Facebook)

    Para o professor Santana, as alegações não procedem. “O juiz Sergio Moro teve suas decisões acatadas tanto pelo Tribunal Regional Federal quanto pelo Supremo Tribunal Federal. Logo, é uma argumentação pífia dizer isso se os tribunais referendaram a atuação do juiz”, argumentou a VEJA.

    “Mesmo se não fosse assim, estamos em uma universidade e devemos abrir o espaço para ouvir diferentes vozes”, completou. O docente dirige o Instituto Internacional de Pesquisas e Estudos Jurídicos em Liberdades Civis Fundamentais (FCL), entidade brasileira que promove o projeto em parceria com a universidade portuguesa.

    Continua após a publicidade

    O coordenador do curso contesta o fato de a associação de alunos não ter se incomodado com a presença de outro professor que poderia ser contestado por sua atuação política: Beto Vasconcelos, ex-secretário nacional de Justiça no governo Lula e ex-chefe de gabinete no governo Dilma Rousseff. “Quando nós tivemos professores alinhados com o que esses alunos pensam, nunca fizeram nada, nenhuma manifestação ou carta, na universidade”.

    Uziel Santana argumenta que os protestos são, na sua visão, reflexo da “politização das ideias que contamina a universidade” e que estimulam casos como esses, de “patrulhamento ideológico”. O curso termina na próxima quinta-feira, quando os professores do projeto, incluindo Moro, devem assinar uma carta conjunta contra a corrupção. O documento será centrado, informa o professor, em tratar a corrupção “como um grande desafio global”.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Veja e Vote.

    A síntese sempre atualizada de tudo que acontece nas Eleições 2024.

    OFERTA
    VEJA E VOTE

    Digital Veja e Vote
    Digital Veja e Vote

    Acesso ilimitado aos sites, apps, edições digitais e acervos de todas as marcas Abril

    2 meses por 8,00
    (equivalente a 4,00/mês)

    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 12,50 por revista)

    a partir de 49,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$118,80, equivalente a 9,90/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.