Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Coronel Lima intermediou R$ 1 milhão em propina em nome de Temer, diz MPF

Denúncia aceita ontem pela Justiça, feita no âmbito do inquérito do 'quadrilhão do MDB', cita delatores do Grupo J&F e busca e apreensão

Por Reuters 10 abr 2018, 20h11
  • Seguir materia Seguindo materia
  • Ao apresentar denúncia contra o coronel reformado da Polícia Militar de São Paulo João Baptista de Lima Filho no âmbito do “quadrilhão do MDB”, o Ministério Público Federal (MPF) sustentou que ele intermediou o recebimento de 1 milhão de reais de propina em nome do presidente Michel Temer (MDB). Segundo a acusação pelo crime de organização criminosa, aceita ontem pela Justiça Federal do Distrito Federal, as vantagens indevidas teriam sido pagas pelo Grupo J&F. Coronel Lima se tornou réu ao lado do advogado e ex-assessor presidencial José Yunes e outras três pessoas.

    “Seu papel na organização criminosa era o de auxiliar os demais integrantes do núcleo político na arrecadação da propina, em especial seu líder, Michel Temer, conforme já narrado na peça acusatória”, afirma o MPF, na acusação feita no dia 21 de março.

    Recentemente, Lima e Yunes chegaram a ser presos de forma temporária por determinação do ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal (STF), no âmbito da Operação Skala, um desdobramento do inquérito que investiga o próprio Temer por recebimento de propina na edição de um decreto que alterou regras em concessões portuárias.

    A denúncia aceita ontem pela Justiça é um desdobramento, na primeira instância, da denúncia feita pelo então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, contra Michel Temer e outros aliados no ano passado. A acusação criminal foi barrada pela Câmara, mas o Ministério Público Federal pediu o desmembramento das investigações em relação a pessoas que não detinham foro privilegiado, como João Baptista Lima Filho e José Yunes.

    Em março, procuradores da República da força-tarefa da Operação Greenfield confirmaram a denúncia feita por Janot e ainda acrescentaram novos acusados e fatos a partir de documentos coletados pela Operação Patmos, deflagrada em maio do ano passado depois de virem a público as delações premiadas de executivos do Grupo J&F.

    Continua após a publicidade

    A denúncia aditada cita relatos de delatores da J&F que apontam o coronel Lima como o receptor da propina em nome de Michel Temer. O ex-diretor de relações institucionais da JBS Ricardo Saud afirmou, em depoimento à Procuradoria-Geral da República (PGR), que Temer pediu a entrega de 1 de milhão de reais, em dinheiro vivo, numa empresa de Lima. Na busca e apreensão feita em um endereço do coronel, descobriu-se uma série de papéis que o relacionaram ao presidente.

    “Tais elementos indicam que João Baptista Lima Filho faz a gestão do recebimento dos recursos e doações de campanha para Michel Temer há décadas e corroboram tudo o quanto exposto acerca das condutas mais recentes do coronel Lima no âmbito da organização criminosa”, afirma o MPF.

    O Palácio do Planalto disse que não comentaria a acusação.

    Publicidade

    Publicidade
    Imagem do bloco

    4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

    Vejinhas Conteúdo para assinantes

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.