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Dallagnol vibrou por encontro com ministro: ‘Aha uhu o Fachin é nosso’

A colegas do MPF, procurador exultou reunião com magistrado do Supremo Tribunal Federal

Por Glenn Greenwald, Edoardo Ghirotto, Fernando Molica, Leandro Resende e Roberta Paduan
Atualizado em 12 mar 2021, 00h40 - Publicado em 5 jul 2019, 08h47
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  • O procurador do MPF Deltan Dallagnol e o ministro do Supremo Edson Fachin  (Lula Marques/PT e Sergio Lima/AFP/VEJA.com)

    Em conversa com seus colegas do Ministério Público Federal, o procurador Deltan Dallagnol saiu exultante de um encontro com o ministro Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal, em 13 de julho de 2015. “Caros, conversei 45 m com o Fachin. Aha uhu o Fachin é nosso”, vibrou.

    O diálogo inédito faz parte do material analisado por VEJA em parceria com o site The Intercept Brasil. Clique para ler a reportagem completa.  Só uma pequena parte havia sido divulgada até agora — e ela foi suficiente para causar uma enorme polêmica.

    A reportagem realizou o mais completo mergulho já feito nesse conteúdo. Foram analisadas 649.551 mensagens. Palavra por palavra, as comunicações examinadas pela equipe são verdadeiras e a apuração mostra que o caso é ainda mais grave. Moro cometeu, sim, irregularidades. Fora dos autos (e dentro do Telegram), o atual ministro pediu à acusação que incluísse provas nos processos que chegariam depois às suas mãos, mandou acelerar ou retardar operações e fez pressão para que determinadas delações não andassem. Além disso, revelam os diálogos, comportou-se como chefe do Ministério Público Federal, posição incompatível com a neutralidade exigida de um magistrado. Na privacidade dos chats, Moro revisou peças dos procuradores e até dava broncas neles.

    A relação entre Moro e Dalla­gnol era tão próxima que abre espaço para que eles comemorem nas conversas o sucesso de algumas etapas da Lava­-Jato, como se fossem companheiros de trabalho festejando metas alcançadas. Em 14 de dezembro de 2016, Dallagnol escreve ao parceiro para contar que a denúncia de Lula seria protocolada em breve, enquanto a de Sérgio Cabral já seria registrada no dia seguinte (o que de fato ocorreu). Moro responde com um emoticon de felicidade, ao lado da frase: “ um bom dia afinal”. 

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    Nota da redação: procurados por VEJA, Deltan Dalla­gnol e Sergio Moro não quiseram receber a reportagem. Ambos gostariam que os arquivos fossem enviados a eles de forma virtual, mas, alegando compromissos de agenda, recusaram-se a recebê-­los pessoalmente, uma condição estabelecida por VEJA. Mesmo sem saber o conteúdo das mensagens, a assessoria do Ministério da Justiça enviou a seguinte nota: “A revista Veja se recusou a enviar previamente as informações publicadas na reportagem, não sendo possível manifestação a respeito do assunto tratado. Mesmo assim, cabe ressaltar que o ministro da Justiça e Segurança Pública não reconhece a autenticidade de supostas mensagens obtidas por meios criminosos, que podem ter sido adulteradas total ou parcialmente e que configuram violação da privacidade de agentes da lei com o objetivo de anular condenações criminais e impedir novas investigações. Reitera-­se que o ministro sempre pautou sua atuação pela legalidade”.

    Colaboraram Leandro Demori, Victor Pougy, Nonato Viegas e Bruna de Lara


    PODCAST: Dallagnol, uma história que não cabe num powerpoint

    Conheça a trajetória do procurador da República que se viu no centro de uma grande controvérsia. Ouça:

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