Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Defesa de Temer não irá recorrer de quebra de sigilo bancário

VEJA revelou decisão do ministro Barroso em primeira mão nesta segunda-feira; advogado do presidente, Antonio Mariz pediu acesso ao documento

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 16h46 - Publicado em 6 mar 2018, 13h17

O advogado do presidente Michel Temer (MDB), Antonio Claudio Mariz de Oliveira, vai entrar com uma petição no Supremo Tribunal Federal (STF) para ter acesso à decisão do ministro Luis Roberto Barroso que quebrou o sigilo bancário do emedebista. A defesa, entretanto, disse que não irá recorrer. O presidente é investigado em um inquérito que apura se beneficiou indevidamente empresas do setor portuário por meio do decreto da MP dos Portos, que regulamenta o setor.

A quebra do sigilo foi divulgada em primeira mão por VEJA na noite desta segunda-feira. A decisão, que abrange o período de 1º de janeiro de 2013 a 30 de junho de 2017, foi tomada no último dia 27 e ainda era desconhecida pela defesa do presidente. Cumprindo a ordem de Barroso, o Banco Central já enviou ofícios às entidades determinando que os extratos bancários sejam providenciados.

A VEJA, Mariz contestou a decisão do ministro do Supremo. Na sua avaliação, a quebra do sigilo bancário do presidente fere as garantias constitucionais do cargo. “A determinação contraria o artigo 86, parágrafo 4º, da Constituição Federal, que impede a responsabilização do presidente por fatos estranhos ao seu mandato. Ora, ao determinar a quebra do sigilo a partir de 2013 está havendo nítida violação do citado dispositivo”, afirmou o advogado.

Além de Temer, Barroso determinou que sejam levantados os sigilos bancários de três ex-assessores do presidente – o ex-deputado Rodrigo Rocha Loures (MDB-PR), o advogado José Yunes e o coronel João Baptista Lima Filho – e de Antonio Celso Grecco e Ricardo Mesquita, dono e executivo da empresa Rodrimar, que supostamente teria pago valores indevidos a Temer pelos benefícios obtidos.

Esta foi a primeira vez na história que um presidente da República teve quebrado seu sigilo bancário durante o exercício do mandato. O advogado Antonio Mariz afirma que a decisão do ministro contraria a própria Procuradoria-Geral da República (PGR), que se manifestou contra o uso do instrumento. No entanto, ressalta que Temer “não oporá nenhum obstáculo jurídico à quebra do seu sigilo bancário”.

Continua após a publicidade

O inquérito dos Portos é o mesmo que acelerou a queda do ex-diretor-geral da Polícia Federal, Fernando Segovia. Ao questionar a investigação, sugerindo que ela devesse ser arquivada em entrevista à agência Reuters, Segovia se indispôs com as associações que representam os delegados da PF.

Em nota divulgada à imprensa na noite desta segunda, o presidente afirmou que, por iniciativa própria, pedirá os mesmos documentos ao Banco Central e irá torná-los públicos. “O presidente Michel Temer solicitará ao Banco Central os extratos de suas contas bancárias referentes ao período mencionado hoje no despacho do eminente ministro Luís Roberto Barroso. E dará à imprensa total acesso a esses documentos. O presidente não tem nenhuma preocupação com as informações constantes de suas contas bancárias.”

Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.