Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Delação de Funaro: Temer recebeu e intermediou propinas

Doleiro acusa o presidente de ter recebido dois repasses de 'conta-propina' administrada por Eduardo Cunha e cobrado caixa dois a campanhas de aliados

Por Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 7 set 2017, 23h28 - Publicado em 7 set 2017, 21h35

Durante mais de uma década, o doleiro Lúcio Bolonha Funaro, de 43 anos, atuou como consultor financeiro e banqueiro informal do PMDB. Funaro é aquilo que no jargão político-policial também é chamado de “operador”, o encarregado de fazer a aproximação entre quem paga e quem recebe propina, o elo entre políticos corruptos e empresários corruptores. Depois de três meses de negociações, o Supremo Tribunal Federal homologou, na terça-feira 5, o acordo de delação do doleiro, que está preso há 434 dias. VEJA teve acesso ao roteiro com os detalhes sobre o que ele se comprometeu a contar às autoridades. Na lista de revelações estão subornos a parlamentares, venda de legislação e grandes esquemas de corrupção. A parte mais delicada envolve o presidente Michel Temer. São relatos em que o presidente aparece fazendo lobby para políticos, cobrando repasses de caixa dois e, também, como destinatário de propina.

O doleiro diz que nunca conversou sobre dinheiro diretamente com Temer, “pois essa interface era feita por Eduardo Cunha”, mas declara que era informado por Cunha sobre as divisões da propina. Ele garante que Temer “sempre soube” de todos os esquemas tocados pelo ex-deputado. “Temer participava do esquema de arrecadações de valores ilícitos dentro do PMDB. Cunha narrava as tratativas e as divisões (de propina) com Temer”, acusa. O delator cita dois repasses a Temer. Um deles, de 1,5 milhão de reais, veio do grupo Bertin. O segundo, em 2014, saiu de um acerto com a JBS. Funaro conta ter intermediado um pagamento de 7 milhões de reais da JBS que tinha como destinatários Temer, Cunha e o ministro da Agricultura na ocasião, Antônio Andrade. O presidente ainda teria intermediado um pagamento de 5 milhões de reais de Henrique Constantino, do Grupo Constantino, à campanha do então deputado Gabriel Chalita à prefeitura de São Paulo, em 2012.

O conteúdo da delação de Funaro:

Moreira Franco recebeu R$ 6 mi em propina na Caixa

Geddel recebeu R$ 1 mi da Odebrecht

Joesley Batista prometeu R$ 100 mi por silêncio

A nova conta secreta de Cunha

‘Bancada do Cunha’ era comprada com propina

Cunha pediu compra de votos por impeachment

Medida provisória rendeu R$ 1,5 mi a Eunício

Propinas ao PMDB por projetos no Congresso

Leia esta reportagem na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android. Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.