Fortaleça o jornalismo: Assine a partir de R$5,99
Continua após publicidade

Delator diz que Temer pediu R$ 1 milhão em dinheiro vivo

Ex-diretor da JBS afirma que valor foi entregue em empresa cujo dono é homem de confiança do presidente. Pedido foi feito pelo próprio , em bilhete

Por Thiago Bronzatto Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2017, 19h40 - Publicado em 19 Maio 2017, 15h33
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O ex-diretor do frigorífico JBS Ricardo Saud afirmou, em depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República (PGR), que o presidente Michel Temer pediu a entrega de 1 de milhão de reais, em dinheiro vivo, numa empresa do coronel aposentado João Baptista Lima. O militar, amigo de Temer, é um dos homens de confiança do presidente.

    O endereço do local, segundo o delator, foi repassado por Temer num bilhete para o executivo durante reunião ocorrida em São Paulo no auge das eleições de 2014. “O dinheiro era do PT. O PT deu para o presidente Temer para usar para campanha de vice. E assim foi feito e, não satisfeito, ainda guardou um milhão para ele no bolso”, diz Saud.

    De acordo com o delator, os recursos destinados a Temer faziam parte de um acerto feito entre o PT, PMDB e a JBS durante a campanha à reeleição da presidente Dilma Rousseff. Naquela época, um grupo de senadores peemedebistas ameaçava apoiar o PSDB.

    Continua após a publicidade

    Preocupado, o PT resolveu agir e topou repassar recursos da conta-propina que mantinha junto à JBS para conter a rebelião na base aliada. Quando Temer foi informado sobre o risco de senadores do PMDB apoiarem o PSDB, resolveu reassumir a presidência do partido – e então acertou que o PT repassaria 15 milhões de reais para distribuir entre os peemedebistas.

    Ricardo Saud detalhou como foi feito o rateio desse valor. Disse que 9 milhões de reais foram destinados ao diretório nacional do partido, 2 milhões serviram para bancar gastos da campanha de Paulo Skaf ao governo de São Paulo com o marqueteiro Duda Mendonça, outros 3 milhões de reais foram repassados em espécie ao ex-presidente da Câmara Eduardo Cunha e 1 milhão de reais tiveram o próprio Temer como beneficiário.

    Continua após a publicidade

    A parte referente a Temer, segundo o delator, foi entregue na sede da empresa Argeplan Arquitetura e Engenharia, cujo sócio é o coronel João Baptista Lima, amigo do presidente. O militar aposentado, dono de uma fazenda no interior de São Paulo frequentada há anos por Temer, foi alvo de um mandado de busca e apreensão na última quinta-feira, durante a Operação Patmos.

    Paulo Skaf, por meio de sua assessoria de imprensa, diz que “não houve autorização para que ninguém solicitasse valores” à JBS. “Todos os gastos e doações da campanha foram declarados à Justiça Eleitoral e constam da prestação de contas apresentada ao Tribunal Regional Eleitoral em 2014, aprovada sem nenhum reparo”, afirma.

    Publicidade

    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Domine o fato. Confie na fonte.

    10 grandes marcas em uma única assinatura digital

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (equivalente a 9,98 por revista)

    a partir de 39,90/mês

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.