Deputado apresenta projeto para punir apologia a grupos terroristas
Texto de autoria de Messias Donato (Republicanos-ES) compara o Hamas ao MST, classificado por ele como uma "facção"
O deputado federal Messias Donato (Republicanos-ES) apresentou um projeto de lei que prevê a aplicação de punições a quem fizer apologia a grupos terroristas no Brasil. Na proposta, o parlamentar cita o Hamas, grupo palestino que protagoniza uma guerra sangrenta contra Israel na Faixa de Gaza desde o ano passado, mas também o Movimento Sem-Terra (MST), considerado por ele como grupo extremista.
A apresentação do projeto aconteceu depois de o presidente Lula ter comparado a guerra em Gaza ao Holocausto. “Lula poderia ser enquadrado nessa proposta. Apesar de não declarar abertamente apoio ao Hamas, seus discursos e suas ações são de relativização dos ataques terroristas”, disse Donato.
O parlamentar avalia que o presidente ultrapassou a linha da ponderação. “A guerra não é contra a Palestina, mas contra o Hamas e, ao não classificá-los objetivamente como grupo terrorista e ainda receber uma carta de agradecimento deles, Lula passa um recado à sua militância de que, quem quiser, pode erguer a voz e se manifestar a favor dessa gente”, completou o deputado.
Ao justificar a apresentação do projeto, Donato também citou a Conferência Nacional de Educação realizada em janeiro em Brasília, evento no qual, segundo o parlamentar, houve venda de material publicitário em celebração ao Hamas. Ainda na sustentação, o deputado diz que o objetivo de sua proposta é coibir a ação de grupos nacionais que supostamente ameaçariam a segurança do País. O MST é classificado por ele como uma “facção”.
Messias Donato explica que traçou esse paralelo entre o Hamas e o MST por acreditar que o movimento difunde práticas extremistas baseadas em ensinamentos de genocidas.
“O Brasil não pode descuidar do acompanhamento da atuação de grupos terroristas e a presente proposta é crucial para prevenir e combater o fenômeno. Ressalta-se que as organizações terroristas não reconhecem fronteiras, logo, nenhum país estaria livre dessa ameaça”, escreveu. As eventuais sanções não foram definidas.