A opinião de deputado petista sobre o futuro de Arthur Lira
Cotado para cargo de primeiro-secretário, Carlos Veras falou em live de VEJA sobre possíveis destinos do atual presidente da Câmara após a eleição na Casa
O deputado federal Carlos Veras (PT-PE) foi o entrevistado desta sexta-feira, 24, da live de Os Três Poderes, de VEJA. O parlamentar petista falou principalmente sobre as eleições para a Mesa Diretora no Congresso, que ocorrerá em fevereiro.
Veras foi indicado pelo PT para ser o primeiro-secretário da Câmara após a provável eleição de Hugo Motta (Republicanos-PB). A VEJA, ele agradeceu à confiança do seu partido. “Tá consolidado a nossa indicação. Tá tudo organizado. Estamos trabalhando junto pra que a gente possa ter uma chapa com muita autoridade, compreensão e respeito ao regimento da Casa e aos deputados”, afirmou.
Sobre as emendas parlamentares e a crise entre o Legislativo e as decisões do ministro do STF Flávio Dino, o petista disse que tem “todo respeito” às instituições, mas que o debate acaba “prejudicando a execução do Orçamento” e, consequentemente, o “trabalho e as ações do governo”. Segundo ele, o que foi pedido pelo Supremo os parlamentares procuraram fazer e que “nenhum parlamentar quer esconder” ou que “não haja transparência nos recursos”.
O parlamentar também foi questionado sobre a participação dos partidos que compõem a base do governo para fazer andar pautas que interessam à gestão de Lula e se resumiu a dizer que isso “faz parte da relação política” e que cada ministro que compõem o atual governo também deve “ajudar na relação com o Congresso”.
Em relação ao relacionamento do governo com Hugo Motta, que deve assumir a Câmara, Veras disse que o parlamentar “tem uma relação muito boa e cordial” na Casa. “Acreditamos que ele continuará sendo muito acessível e dará continuidade nesse trabalho que tem sido feito pelo Arthur Lira, de garantir a aprovação e ajudar na aprovação de projetos importantes”, salientou, completando que o destino de Lira “depende dele”. “Se ele for convidado para ocupar outro espaço, seja no Estado ou no governo federal, eu não tenho dúvida que ele cumprirá o seu papel na ajuda, no desenvolvimento e na reconstrução do Brasil”, finalizou o deputado.
Os colunistas Ricardo Rangel, José Benedito e Marcela Rahal também debateram, ao lado do apresentador Ricardo Ferraz, outros importantes temas da semana, como o embate do senador Marcos Pontes (PL-SP) na Casa, a possível reforma ministerial do governo Lula, as possíveis ações do governo para baixar o preço dos alimentos e os desafios da comunicação da gestão, tema de capa de VEJA desta semana.
O DESAFIO DA IMAGEM
Em meio século de vida pública, Lula construiu uma fama de animal político e especialista no ofício de auscultar o sentimento popular. Diante disso, esperava-se que o terceiro mandato do petista não enfrentasse tantos problemas na área de comunicação – não foi o que aconteceu até agora. Capa de VEJA desta semana mostra que, acossado por uma série de tropeços e com a popularidade estagnada, Lula resolveu reforçar o ministério com um marqueteiro. Agora, as metas são claras: conter a surra que a direita tem dado no governo e na esquerda nas redes sociais, recuperar a credibilidade da atual administração e fortalecer o projeto eleitoral da situação. Como disse o presidente, 2026 já começou.