Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana
Continua após publicidade

Dias rejeita aliança com Alckmin e prega candidatura ‘contra sistema’

Pré-candidato do Podemos diz que postulação é 'missão' e reafirma defesa de PECs contra o foro privilegiado e a favor da prisão em segunda instância

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 jun 2024, 17h48 - Publicado em 10 abr 2018, 00h20
  • Seguir materia Seguindo materia
  • O senador Álvaro Dias (Podemos-PR) rejeitou nesta segunda-feira que fará uma aliança com o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), nas eleições presidenciais de outubro. Pré-candidato à Presidência, Dias se disse candidato “contra o sistema” e, portanto, não aceitaria ser candidato a vice-presidente do tucano.

    “Eu não tenho esse direito [de desistir da cabeça-de-chapa], essa é uma missão que nós estamos assumindo”, afirmou, após participar de um almoço com empresários promovido pelo Grupo de Líderes Empresariais (Lide), em São Paulo. Segundo ele, o PSDB faz parte desse “sistema corrupto, que foi transplantado para estados e municípios” e que é baseado, avalia, em um Executivo que se desdobra para corromper o Legislativo.

    Como informou a coluna Radar, o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (PSDB) defendeu que Alckmin desistisse do plano de ter um vice-presidente nordestino e convidasse Dias para manter a extensa margem de voto que os tucanos tiveram na Região Sul nas últimas eleições. É o caso do Paraná, reduto histórico do tucanato, onde a candidatura do paulista está sofrendo para engatar – ele tem apenas 3%, contra 33% de Álvaro Dias, segundo levantamento de dezembro do instituto Paraná Pesquisas.

    Por outro lado, o senador paranaense tem a mesma dificuldade para crescer no Sudeste. Em São Paulo, é a vez dele ter apenas 3%, enquanto Alckmin aparece em torno de 20% das intenções de voto. Questionado por VEJA se ambos podem acabar se anulando e se um precisará vencer o outro para chegar ao segundo turno, o pré-candidato do Podemos se esquivou da resposta.

    “Nós estamos competindo, assim como todos os outros. É natural que na minha região eu seja mais conhecido, mas precisarei buscar votos em todo o país”, afirmou.

    Continua após a publicidade

    Ele também definiu a “descrença da população em relação aos políticos” como sua principal adversária e disse que, neste momento, pesquisas de intenção de voto interessam apenas para medir a rejeição. “A intenção de voto é volúvel, a rejeição não. Indica o potencial de crescimento de cada candidato”. Não por coincidência, ele é um dos menos rejeitados (13%, segundo o Datafolha em janeiro) – assim como um dos menos conhecidos – segundo levantamentos recentes.

    PECs

    Durante o evento com os empresários, causou boa repercussão a exaltação que o pré-candidato fez da prisão do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o fato de ele ter aberto mão de aposentadoria vitalícia como ex-governador do Paraná e a sua defesa de duas propostas de emenda à Constituição (PEC) de caráter moralizador.

    A primeira, já aprovada pelo Senado mas parada na Câmara, é a do fim do foro privilegiado. A segunda, tal como defendido pelo juiz Sergio Moro no Roda Viva no começo do mês, buscava inserir explicitamente na Constituição a possibilidade de prisões a partir de condenação em segunda instância. Esta não chegou nem a tramitar e foi arquivada depois que dois senadores, que ele não identificou, desistiram de apoiá-la.

    Aos executivos presentes, voltou a defender a aprovação de ambas, mas ressaltou que é impossível adotar novas PECs enquanto vigorar a intervenção federal no Rio de Janeiro, ou seja, até 31 de dezembro caso se respeite o prazo inicialmente previsto. A jornalistas, ele explicou que considera que a jurisprudência atual do Supremo já “se impõe”, mas que a nova emenda viria para “eliminar esse debate” e “legitimar de vez” as detenções provisórias.

    Publicidade
    Publicidade

    Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

    Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

    Black Friday

    A melhor notícia da Black Friday

    BLACK
    FRIDAY

    MELHOR
    OFERTA

    Digital Completo

    Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

    a partir de 5,99/mês*

    ou
    BLACK
    FRIDAY
    Impressa + Digital
    Impressa + Digital

    Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

    a partir de 39,96/mês

    ou

    *Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
    *Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

    PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
    Fechar

    Não vá embora sem ler essa matéria!
    Assista um anúncio e leia grátis
    CLIQUE AQUI.