A diplomação dos eleitos em São Paulo se transformou em confusão nesta terça-feira na Sala São Paulo, onde a cerimônia é realizada. No momento em que a deputada estadual eleita Mônica Seixas (Psol) foi chamada para receber o diploma, um grupo da bancada ativista, que é por ela representada, subiu ao palco para tentar acompanhá-la.
O coletivo argumenta que a cadeira na Assembleia Legislativa pertence a um grupo e não a uma pessoa. O ativista Jesus dos Santos insistiu em ficar no palco e discutiu com parlamentares e seguranças. O deputado federal eleito Alexandre Frota (PSL) chegou a empurrar Santos em meio à confusão.
O presidente do Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP), desembargador Carlos Eduardo Padin, pediu que Santos fosse retirado do local, mas voltou atrás após o ativista concordar em ficar na plateia. “Temos que administrar as divergências, as pessoas têm que obedecer as leis, a ordem e as autoridades”, disse o desembargador.
Durante a cerimônia, houve também uma “disputa de torcida” entre simpatizantes do PT e apoiadores do PSL, partido do presidente eleito, Jair Bolsonaro. Quando os deputados estaduais do PT foram chamados para receber seus diplomas, houve vaias por parte dos simpatizantes de Bolsonaro.
Alguns parlamentares gritaram “Lula, livre” ao passar pelo palco da Sala São Paulo, o que provocou aplausos de partidários do petista. Os ânimos se exaltaram e a plateia também se dividiu entre vaias e aplausos no momento de diplomação do deputado federal Eduardo Bolsonaro, um dos filhos do futuro presidente da República.