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Disputa à Presidência do Senado reacende rixa entre Sarney e Alcolumbre

Em campanha, senadora Eliziane Gama (PSD-MA) pediu apoio ao ex-presidente da República

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 17 ago 2024, 19h44
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  • Marcada para fevereiro do ano que vem, a eleição que definirá o próximo presidente do Senado reacendeu uma rivalidade notória entre dois caciques políticos. Favorito a vencer a disputa, o senador Davi Alcolumbre (União-AP) deu os seus primeiros passos na política ao lado de José Sarney (MDB-AP) – apesar de ser natural do Maranhão, o ex-presidente transferiu ao fim do mandato o seu domicílio eleitoral para o Amapá, por onde se elegeria senador com mais facilidade.

    Os dois, porém, romperam nas eleições de 2014, quando Alcolumbre deu um salto em sua vida política ao deixar a Câmara dos Deputados para tentar a única cadeira de senador. Sarney, que estava terminando o mandato no Senado, viu o movimento como uma traição – até mesmo aliados do MDB o pressionaram a abrir mão do posto. Ele acabou sem se candidatar e saiu da política naquele ano, creditando a sua aposentadoria ao ex-aliado, que saiu vitorioso no pleito.

    Desde então, a dupla rivaliza a cada eleição, trava uma disputa por espaço e poder e vive em meio à desconfiança e até teorias conspiratórias. Quando Alcolumbre foi eleito presidente do Senado, em 2019, seu núcleo mais próximo ventilava que temia encontrar algum sistema de escuta ou alguma arapuca em seu novo gabinete ou carro oficial, outrora usados por Sarney – apesar de não estar mais no mandato, ele detinha influência, assessores e aliados na Casa.

    Na sequência, o chefe da Polícia Legislativa acabou demitido. Nunca se teve notícia de algum aparato encontrado.

    A bênção do ex-presidente

    O novo capítulo dessa queda de braço se dá com a segunda candidatura de Alcolumbre à presidência do Senado. O parlamentar amapaense é considerado o franco favorito a vencer a eleição em 2025, numa aliança que uniria a oposição e o governo em seu entorno.

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    Como mostra reportagem de VEJA desta edição, há, porém, um movimento para tentar romper essa barreira. Numa candidatura ainda ganhando corpo, as senadoras Eliziane Gama (PSD-MA) e Soraya Thronicke (Podemos-MS) trabalham para arregimentar apoios para a disputa. Lá na frente, elas vão avaliar quem estará mais forte para entrar na briga, e uma delas será candidata.

    Um dos primeiros movimentos dessa campanha bateu justamente à porta de Sarney. A conterrânea Eliziane Gama teve uma conversa com o ex-presidente em julho, na casa dele em São Luís, para pedir a bênção e o apoio dele à candidatura. O ex-presidente demonstrou entusiasmo e simpatia com a empreitada.

    Apesar de estar aposentado da política há uma década, Sarney costuma ser ouvido com frequência e ainda mantém alguma influência na bancada do seu partido. A ideia é que ele seja uma espécie de cabo eleitoral e tente angariar votos para Eliziane principalmente dentro da bancada do MDB, composta por 10 senadores e vista como peça-central na disputa contra Alcolumbre – função que, claro, ele vai exercer com o maior prazer.

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