O prefeito de São Paulo, João Doria (PSDB) admitiu na noite deste domingo, durante ação de limpeza do programa Cidade Linda em Pinheiros, na Zona Oeste, que houve falhas na organização do Carnaval de rua. Durante este sábado, o número de pessoas, acima do previsto pela prefeitura, deixou muito lixo pelo chão, estações de metrô fechadas, furtos, além de carros e ônibus presos no meio da multidão.
Segundo o tucano, a prefeitura “não passou de ano” na avaliação deste sábado. A gestão Doria trabalhava com a expectativa de 250 mil pessoas, porém, segundo o prefeito, foram mais 700 mil pessoas nas ruas considerando todas as aéreas das cidade. “Nós devemos ter a expectativa para mais e não mediana. O volume de público, de trânsito e de lixo foi maior. A dispersão das pessoas também demorou muito mais tempo. Para semana que vem estaremos muito melhores.”, afirmou.
A região do Largo da Batata, em Pinheiros, na Zona Oeste da capital, era marcada para ser o ponto de dispersão dos blocos, mas quando os foliões chegavam ao local encontravam as estações de metrô Fradique Coutinho e Faria Lima, que ficam nas proximidades, fechadas. Segundo o prefeito, uma reunião de avaliação já foi realizada para que os erros deste sábado não se repitam.
Para Doria, o domingo já teve um “salto qualitativo” se comparado com o sábado. “Para o próximo fim de semana, nós definiremos áreas de segurança, trânsito e limpeza. Hoje já demos um salto qualitativo extraordinário”, afirmou o prefeito.
Uma das medidas que serão adotadas para o fim de semana do Carnaval será o aumento do efetivo de limpeza e de agentes da Companhia de Engenharia de Trafego (CET). Segundo a prefeitura, serão 560 agentes ou mais e o dobro de agentes de limpeza para dar conta do volume de lixo acumulado nas ruas após a passagem dos blocos.
Outro problema presente neste fim de semana, além do lixo, foi o cheiro de urina nas ruas. O prefeito afirmou, sem citar números, que a quantidade de banheiros químicos distribuídos pela cidade foi o dobro da gestão anterior. “Colocamos o dobro de banheiros químicos nas ruas em relação ao ano passado, mas as pessoas precisam ter um pouco de educação e um pouco de responsabilidade também”, finalizou.