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Doria reage a Bolsonaro e compara fala do presidente à de Lula

Chamado de 'ejaculação precoce', referência à disputa presidencial de 2022, tucano lembrou que o ex-presidente desacreditou sua candidatura em SP em 2016

Por João Pedroso de Campos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 4 set 2019, 15h12 - Publicado em 4 set 2019, 14h54

O governador de São Paulo, João Doria (PSDB), reagiu nesta quarta-feira, 4, às recentes declarações do presidente Jair Bolsonaro de que não seria um candidato competitivo na eleição presidencial de 2022. Doria comparou a postura de Bolsonaro à do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que desacreditou sua candidatura à prefeitura de São Paulo em 2016, quando o tucano foi eleito em primeiro turno.

Desde o último fim de semana, o presidente já disse que Doria está “morto” para a disputa pelo Palácio do Planalto e afirmou ao jornal Folha de S. Paulo que a intenção presidencial do governador “é uma ejaculação precoce” e “não tem apoio popular”. Embora não admita ser candidato à Presidência, João Doria disse em entrevista a VEJA em julho que não disputará a reeleição ao governo paulista e tem se movimentado como pré-candidato ao Planalto.

Lula também falava isso em 2016, quando eu me apresentei como pré-candidato do PSDB às prévias do meu partido. Para tristeza do ex-presidente e hoje presidiário Lula, eu não só ganhei as eleições na capital como ganhei no primeiro turno de Fernando Haddad, candidato que Lula carregava no colo e dizia que seria facilmente reeleito. Portanto, de eleição, modéstia à parte, eu tenho vitórias que podem ser bem avaliadas no maior colégio eleitoral do país”, disse Doria.

A afirmação do tucano foi dada no Palácio dos Bandeirantes, sede do governo paulista, em uma coletiva de imprensa na qual ele anunciou parcerias com a prefeitura de São Paulo que vão envolver cerca de 330 milhões de reais por ano em investimentos do estado em programas e 220 milhões de reais para a obra de duplicação da estrada do M’Boi Mirim, na Zona Sul da capital.

Antes da resposta de Doria ao presidente, a mulher dele, Bia Doria, havia publicado no Instagram uma postagem em que repudia as declarações de Bolsonaro e as classifica como “chulas, que ferem e desrespeitam a família brasileira e a importância do cargo que ocupa”. O governador curtiu a publicação da primeira-dama paulista.

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Além de desacreditar a candidatura presidencial de João Doria, Jair Bolsonaro divulgou recentemente uma lista de empresas que fizeram empréstimos junto ao BNDES para compra de jatos executivos, entre as quais uma firma de Doria. Apesar da declaração nesta quarta-feira, o tucano e seus aliados vêm mantendo a posição de não responder às críticas e provocações do presidente.

“Não vou entrar em polêmicas, o momento é de gestão, não é de eleição. O momento não é de polemizar, é de administrar. Nós todos, responsavelmente, temos que fixar neste momento nossas ações e atitudes para fazer boa gestão. O Brasil ainda tem quase 13 milhões de desempregados, são pessoas que esperam e mantêm suas esperanças no governo Bolsonaro, nos governadores estaduais e nos prefeitos de suas cidades para que possam fazer boa gestão e, fruto delas, gerar mais empregos e oportunidades”, declarou Doria.

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