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Efeito Orloff e freio em Alexandre: os cálculos do PT para a vaga ao STF

Nas entrelinhas, supremáveis são sondados sobre a disposição de se contrapor ao ministro que hoje comanda investigações contra Jair Bolsonaro

Por Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 4 nov 2023, 12h21

Entre integrantes da cúpula do governo e próceres do PT, um critério não dito abertamente nas rodadas de discussão sobre quem deve ser o futuro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) é a disposição do “supremável” em, uma vez empossado, tentar colocar um “freio” em Alexandre de Moraes, relator de processos sensíveis que miram o ex-presidente Jair Bolsonaro.

Longe de ser uma preocupação pessoal com o futuro do capitão, que na última semana recebeu do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) nova pena de inelegibilidade por abusos ao longo do mandato, o temor é que haja o chamado “efeito Orloff”, expressão cunhada nos anos de 1980 a partir de um comercial que tinha o mote “eu sou você amanhã”.

Aliados do presidente dão por certo que, mais cedo ou mais tarde, o STF sob a batuta de Alexandre poderá se virar contra o próprio governo. Por isso, candidatos à vaga da ministra aposentada Rosa Weber, que deixou a Corte em setembro, têm sido sondados nas entrelinhas sobre que movimentos fariam para tentar se contrabalançar a Moraes no tribunal, aliando-se, por exemplo, ao mais novo integrante do colegiado Cristiano Zanin, que livrou Lula do enrosco da Lava-Jato e tem como mantra o combate ao punitivismo desmedido.

Neste contexto, dizem, o presidente do Tribunal de Contas da União (TCU) Bruno Dantas e o advogado-geral da União Jorge Messias teriam perfil mais “moderado” que o hoje favorito à vaga Flávio Dino, ministro da Justiça.

Ao lado do decano Gilmar Mendes, Alexandre é um dos mais influentes da Corte e tem conduzido com mão de ferro – e penas na casa dos 17 anos – os julgamentos dos autores do quebra-quebra de 8 de janeiro. Junto a interlocutores, o ministro costuma repetir uma piada sobre a momentânea simpatia que governistas e petistas nutrem por ele.

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Quando se reuniu com parlamentares na esteira do relatório final da CPI da Pandemia, que tinha Bolsonaro como alvo principal, por exemplo, ele ouviu de dois senadores elogios rasgados à sua atuação contra o então presidente. E retrucou de pronto: Pena que o senhor não pensava assim quando votou contra mim na sabatina no Senado”. Entre risos e certo constrangimento, o congressista emendou:  “mas eram outros tempos, né?”.

Em 2017, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou o nome de Alexandre depois de mais de 12 horas de sabatina. Foram 19 votos a favor e sete contra. No Plenário, foram 55 votos favoráveis, 13 contrários e 13 abstenções. Ele atribui a maior parte dos votos de rejeição ao seu nome a integrantes do PT. Na época, a hoje presidente do partido Gleisi Hoffmann e o líder governista Randolfe Rodrigues eram críticos abertos da escolha do ministro para a Suprema Corte.

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