Como tem acontecido ao longo da disputa, os candidatos ao governo do Rio que participaram do debate da Globo, nesta terça-feira (2), trataram de reforçar o vínculo entre Eduardo Paes e Sérgio Cabral, antigo aliados que estiveram no mesmo partido quando o ex-governador ocupava o Palácio Guanabara.
Tarcísio Motta (PSOL) questionou o ex-emedebista, hoje no DEM, sobre as delações que afirmam que ele tem uma conta no exterior. “O que você deu para a Odebrecht em troca desse dinheiro?”, perguntou.
O ex-prefeito negou as acusações. “Não dei. Sou a favor da Lava Jato. Mas compete a quem delatou comprovar. As investigações vão mostrar que eu não tenho relação com nenhuma conta”, disse Paes.
Na tréplica, o adversário insistiu. “Existem extratos e documentos sobre essa conta que mostram que os repasses deveriam a ser feitos ao ‘nervosinho’. O nervosinho é você na lista da Odebrecht. Paes não é só amigo do Cabral, ele tem as mesmas práticas, como receber dinheiro no exterior”, afirmou o psolista.
O ex-prefeito minimizou, afirmando que o apelido surgiu porque ele “não dava intimidade para empresários”. Antigo aliado de Cabral, ele também tratou de se esquivar de acusações contra o ex-governador. “Não vou ficar respondendo por aqueles que têm seus crimes comprovados”, disse.