Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Em delação, Eduardo Cunha promete entregar a cabeça de Temer

'Ele acaba com o Temer, com Padilha e com o Moreira', disse a VEJA um interlocutor de Cunha que participa das tratativas da delação

Por Daniel Pereira, Thiago Bronzatto, Robson Bonin e Rodrigo Rangel
Atualizado em 4 jun 2024, 19h38 - Publicado em 8 jul 2017, 09h00

Se no Congresso Nacional a base aliada de Michel Temer ameaça debandar, fora de lá o presidente está em vias de sofrer outro duro baque. Preso há quase nove meses em Curitiba, o notório Eduardo Cunha, ex-presidente da Câmara e conhecido operador dos esquemas de corrupção do PMDB, negocia com o Ministério Público os termos de um acordo de delação premiada que promete selar o destino do presidente. Na negociação com a Lava-Jato, Cunha prometeu entregar a cabeça de Temer: em pelo menos dez dos 130 capítulos de sua proposta de delação, o ex-deputado se dispõe a narrar histórias que mostram que o presidente não só sabia dos esquemas de corrupção montados no coração do governo nos anos Lula e Dilma como tinha poder de mando sobre eles, além de se beneficiar diretamente das propinas pagas por empresas parceiras do PMDB.

O acordo, que nos próximos dias entrará na fase decisiva de negociação, é visto pela Procuradoria-Geral da República como peça importante para compor as investigações das quais o presidente é alvo. No entender dos investigadores, como partícipe privilegiado da máquina de corrupção montada pelo PMDB no governo federal durante os anos de sociedade do partido com o PT, Cunha tem condições de trazer à luz elementos que possam ajudar a esquadrinhar a cadeia de comando do esquema. Os representantes do ex-deputado já informaram aos auxiliares de Janot que, além dos relatos que complicam a situação de Temer, ele promete aniquilar os dois ministros mais próximos do presidente: Eliseu Padilha (Casa Civil) e Moreira Franco (Secretaria-Geral da Presidência). “Ele acaba com o Temer, com Padilha e com o Moreira”, disse a VEJA, sob a condição de anonimato, um interlocutor de Cunha que participa das tratativas.

Em breve, a Procuradoria-Geral da República apresentará duas novas denúncias contra Temer e seus aliados mais próximos. Uma delas, pelo crime de organização criminosa, fará parte de um pacote mais amplo – a ideia do gabinete de Janot é, ao mesmo tempo, apresentar denúncias similares contra “organizações criminosas” formadas por dirigentes de outros partidos, como o PT e o PP, que nos últimos anos, em aliança com o PMDB, ganharam propinas milionárias em troca de favores prestados a empresas.

Leia esta reportagem na íntegra assinando o site de VEJA ou compre a edição desta semana para iOS e Android.
Aproveite também: todas as edições de VEJA Digital por 1 mês grátis no Go Read.

Publicidade

Imagem do bloco
Continua após publicidade

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Continua após publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.