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Em meio à crise política, Temer desiste de ir ao G20, na Alemanha

Ele iria participar do encontro em Hamburgo, que reúne chefes de estado das 20 maiores economias do mundo; em 2016, ele foi à China logo após assumir cargo

Por Da Redação
Atualizado em 4 jun 2024, 20h23 - Publicado em 28 jun 2017, 20h52

Em meio à mais grave crise política do seu governo, o presidente Michel Temer (PMDB) cancelou sua ida à reunião do G20, encontro que reúne presidentes e chefes de estado das 20 principais economias do mundo, nos dias 7 e 8 de julho, em Hamburgo, na Alemanha. O encontro é anual desde 2008.

A assessoria da Presidência da República confirmou a informação de que ele não irá ao evento, mas não informou o motivo da desistência. Também não está claro quem representará o Brasil no encontro. Em 2016, em Hangzhou, na China, Temer  viajou acompanhado dos ministros Henrique Meirelles (Fazenda), José Serra (Relações Exteriores), Blairo Maggi (Agricultura) e Maurício Quintella (Transportes), além de parlamentares como o senador Renan Calheiros (PMDB-AL), hoje desafeto do governo.

A viagem de Temer à China em setembro no ano passado foi a apresentação internacional do presidente, que havia assumido o cargo de forma efetiva um mês antes, com a cassação de Dilma Rousseff (PT) pelo Congresso. O cartão de visitas era a PEC (proposta de emenda constitucional) do Teto dos Gastos, proposta de ajuste fiscal que foi aprovada pelo Congresso e impõe um limite nas despesas do governo.

Temer disse à época que o crescimento real zero do gasto público iria levar à redução da dívida do Estado brasileiro e que “uma ambiciosa agenda de reformas estruturais” estava em curso no país para elevar a produtividade da economia – de lá para cá, nenhuma reforma foi aprovada. “Estimularemos os investimentos em infraestrutura, sobretudo por meio de concessões. Com as medidas tomadas nos últimos meses, já há sinais de retomada da confiança na economia”, afirmou.

Já Meirelles, falando a empresários brasileiros e chineses, levantou a possibilidade de investimentos em projetos de infraestrutura na casa de 269 bilhões de dólares (aproximadamente 874,25 bilhões de reais) no prazo de quatro anos. Ele ressaltou que não se tratava de um compromisso do governo, mas de um mapa de oportunidades até o meio de 2020 para mostrar aos investidores.

No evento deste ano, o encontro deve ter uma polarização entre a chanceler Angela Merkel, da Alemanha, e o presidente Donald Trump, dos EUA, em torno de questões como economia global, comércio, regulamentos do mercado financeiro e política fiscal, além de deslocamento e migração e política climática.

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