Em reunião no fim da tarde desta quarta-feira, 2, o PDT e o PSD definiram que querem compor uma aliança na eleição para governador do Rio. Não ficou definido quem encabeçará a chapa, o que só será escolhido mais perto do pleito. Hoje, o candidato pedetista é o ex-prefeito de Niterói Rodrigo Neves, enquanto o nome escolhido pelo prefeito carioca Eduardo Paes, que comanda o PSD no estado, é o do ex-presidente da OAB Felipe Santa Cruz. Por enquanto, ambas as pré-candidaturas estão mantidas. O futuro arranjo poderá envolver a vaga de vice ou a do Senado, por exemplo. Além de Paes e dos dois postulantes, participou da conversa desta quarta o presidente do PDT, Carlos Lupi.
O encontro entre os dois grupos políticos se dá num momento em que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva apaziguou a tensão que havia entre setores do PT do Rio e a candidatura de Marcelo Freixo (PSB), líder das pesquisas. Cortejado por diferentes pré-candidatos no estado – incluindo Santa Cruz e Neves -, Lula disse mais de uma vez, nas últimas semanas, que apoia Freixo para o governo fluminense. O gesto não é visto como um impeditivo para a eventual construção de palanques mais amplos para o petista no berço do bolsonarismo, mas fez as outras forças políticas buscarem alternativas.
Além do encontro desta quarta com Lupi e Neves, Paes se reunirá no próximo domingo com o próprio Ciro Gomes. O presidenciável já esteve com o prefeito no Palácio da Cidade em julho do ano passado, quando o carioca chegou a confessar que votou no pedetista no primeiro turno de 2018. Em 2022, contudo, a candidatura de Ciro não é unanimidade nem nas fileiras trabalhistas. Candidatos a governador, como o próprio Neves, alimentam o desejo de se vincular a Lula, o que também acontece com deputados do PDT que buscarão a reeleição.