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Em sessão tumultuada, Conselho de Ética livra senadoras de punição

Lindbergh Farias (PT-RJ) trocou ofensas com João Alberto Souza (PMDB-MA) e Sérgio Petecão (PSD-AC); mulheres foram denunciadas por ocuparem Mesa Diretora

Por Da Redação
Atualizado em 8 ago 2017, 19h30 - Publicado em 8 ago 2017, 19h29

As  seis senadoras que ocuparam a Mesa Diretora do Senado durante a votação da reforma trabalhista foram inocentadas em uma tumultuada sessão do Conselho de Ética da Casa. O arquivamento da ação, protocolada pelo senador José Medeiros (PSD-MT), foi aprovado por doze votos a dois. Houve uma abstenção.

Eram alvos do processo as senadoras Gleisi Hoffmann (PT-RS), Fátima Bezerra (PT-RN), Regina Sousa (PT-PI), Vanessa Grazziotin (PCdoB-AM), Lídice da Mata (PSB-BA) e Ângela Portela (PDT-RR). O protesto durou aproximadamente seis horas e atrasou a aprovação da reforma trabalhista.

Os trabalhos do Conselho de Ética tiveram de ser interrompidos por dez minutos, após o senador Lindbergh Farias (PT-RJ) provocar um tumulto antes do sorteio do nome do relator da denúncia. O petista disse que o arquivamento do processo de cassação contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG) era “muito mais grave” do que o caso desta terça.

Exaltado, Lindbergh se dirigiu ao senador João Alberto Souza (PMDB-MA), presidente do Conselho de Ética, e afirmou que ele não tinha autoridade para abrir um processo contra as senadoras. Sérgio Petecão (PSD-AC), que estava sentado ao lado de Souza, se levantou e trocou xingamentos com o petista.

Petecão gritou para Lindbergh “não encostar” em Souza e o chamou de “covarde”. O petista passou a gritar com o dedo em riste para o senador acriano. Petecão, então, deu socos no ar para tentar acertá-lo e o xingou de “filho da p…”. Houve gritos para Lindbergh respeitar a sessão, mas o petista seguiu argumentando. “Isso aqui eu não respeito, não”. Petecão ainda chamou o petista para a briga antes de o tumulto ter fim.

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Com a sessão retomada, diversos senadores criticaram o comportamento das colegas durante a votação, mas disseram que uma punição poderia abrir precedentes para casos futuros.

Foram favoráveis ao arquivamento Romero Jucá (PMDB-RR), Helio José (PMDB-DF), Davi Alcolumbre (DEM-AP), Eduardo Amorim (PSDB-SE), Gladson Camelo (PP-AC), Acir Gurgacz (PDT-RO), Telmário Mota (PTB-RR), Lasier Martins (PSD-RS), José Pimentel (PT-CE), João Capiberibe (PSB-AP), Antônio Carlos Valadares (PSB-SE) e Pedro Chaves PSC-MS). Votaram contra Airton Sandoval (PMDB-SP) e Flexa Ribeiro (PSDB-PA). Roberto Rocha (PSB-MA) se absteve.

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