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Entorno de Bolsonaro trabalha com ex-presidente preso e incomunicável em 2026

Inelegível e às voltas com uma condenação no Supremo, ex-mandatário tenta manter protagonismo sobre as próximas eleições

Por Marcela Mattos Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO 18 Maio 2025, 11h42

Em público e nas conversas reservadas, o ex-presidente Jair Bolsonaro indica se sentir mais perto da Presidência da República do que de uma condenação que pode levá-lo à cadeia. Seguindo o capitão, deputados e senadores bolsonaristas repetem o mantra de que, por meio de alguma reviravolta, ele será candidato em 2026.

Hoje, nada indica que o capitão vai disputar a eleição. Bolsonaro está inelegível até 2030 e sua situação jurídica pode ficar ainda mais complicada com a investigação sobre uma tentativa de golpe depois das eleições de 2022. O entorno do ex-presidente vê o Supremo Tribunal Federal com o pé no acelerador para concluir o processo ainda em setembro deste ano, tornando-o condenado por crimes que podem somar mais de 40 anos de prisão.

Quando descem à realidade, aliados do ex-presidente se preparam para condições inóspitas para a campanha de 2026 – entre elas, a possibilidade de ele estar preso e incomunicável durante o pleito.

Recentemente, o ex-mandatário foi alertado por uma pessoa próxima à cúpula do PL que o Supremo não lhe dará refresco e que são grandes as chances de terminar este ano encarcerado. Do seu jeito, Bolsonaro repetiu que o processo é um “absurdo” e novamente caiu em negação. O aviso foi feito por pessoas que tentavam convencer o ex-mandatário a diminuir os ataques ao STF e fazer algum tipo de aceno à Corte – gestos que nunca vieram.

Ao contrário disso, o ex-presidente trabalha para repetir a estratégia de Lula quando foi preso pela Lava-Jato e arrastar até o fim a sua candidatura, substituindo-a na reta final por um nome de sua estreita confiança – de preferência, alguém com o seu sobrenome. Além da ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro, os filhos Eduardo e Flávio são cotados. O deputado, porém, tem alto índice de rejeição, enquanto o primogênito já indicou preferir continuar no Senado, o que faz o nome da esposa crescer na bolsa de apostas.

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Numa análise de cenários futuros, aliados do ex-presidente avaliam que se estiver preso e, nesta condição, indicar previamente seu sucessor, ele corre o risco de acabar caindo no esquecimento. Por outro lado, se mantiver a candidatura, Bolsonaro seguirá nos holofotes.

Diante do possível desfecho, também já se avalia como o ex-presidente mandaria os seus recados: seja em um batalhão do Exército ou numa domiciliar, Bolsonaro provavelmente estará incomunicável, não poderá usar as redes sociais e só poderá conversar com advogados e familiares – que serão, portanto, os seus porta-vozes.

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