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Equipe de Lula cobra Bolsonaro por demora em liberar dados do desmatamento

Governo não pretende divulgar dados já atualizados sobre o índice durante a participação do Brasil na COP27, a Conferência do Clima da ONU

Por Laísa Dall'Agnol Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 14 nov 2022, 17h41 - Publicado em 14 nov 2022, 16h20

O vice-presidente eleito, Geraldo Alckmin, anunciou nesta segunda-feira, 14, que a equipe de transição de Luiz Inácio Lula da Silva vai cobrar o governo de Jair Bolsonaro pela demora na divulgação de dados do desmatamento no país.

Dados compilados pelo Inpe (Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais) e consolidados pelo sistema Prodes (Projeto de Monitoramento do Desmatamento na Amazônia por Satélite) já foram recebidos pelo governo, que, no entanto, não pretende divulgá-los durante a participação do Brasil na COP27, a Conferência do Clima da ONU, que vai até sexta-feira 18.

“Estamos fazendo um requerimento com pedido de informação para o governo federal, solicitando que os relatórios completos dos dados do Prodes Amazônia e Prodes Cerrado do período entre agosto de 2021 e julho de 2022 sejam enviados, para que possamos analisar as informações que trazem e traçarmos as medidas necessárias nos nossos planos imediatos”, declarou Alckmin, que coordena a equipe de transição.

“Temos a informação de que esses números já existem e há a necessidade de serem informados. Então estamos pedindo para o governo federal, por meio do ministro Ciro Nogueira, e ao Inpe o relatório que traz a questão do desmatamento nos biomas brasileiros”, afirmou.

Desde 2005, os governos brasileiros divulgavam os dados anuais atualizados do desmatamento no país nas COPs do clima. Esta, no entanto, é a segunda vez que o governo Bolsonaro “segura” a divulgação do índice. Em 2021, durante a COP26, na Escócia, o ministro do Meio Ambiente Joaquim Leite usou dados anteriores do Deter (Sistema de Detecção do Desmatamento em Tempo Real) para demonstrar que o desmatamento na Amazônia seguia numa diminuição, mesmo já tendo o dado atualizado à época da conferência.

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A reticência do governo Bolsonaro em lançar o índice já pronto é vista, em parte, como reação à presença de Lula na COP27. O presidente eleito participa da cúpula nesta quarta-feira, 16 — nos últimos dias, integrantes de sua comitiva já estão coordenando encontros e reuniões com autoridades de diversos países.

“Se você verificar a emissão do carbono, no caso do Brasil (…) só o desmatamento é quase 50%, é de uma gravidade impressionante (…). E por isso o presidente Lula está chegando no Egito para participar da COP. E durante a campanha foi feito todo o trabalho no sentido das propostas, que são inúmeras, desde fiscalização, recuperação dos órgãos ambientais que foram desmobilizados. Haverá esforço muito grande para o Brasil ser o líder, o protagonista das questões climáticas”, disse Alckmin no anúncio desta segunda-feira.

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