Namorados: Assine Digital Completo por 1,99

Escândalo do INSS sangra o bolso dos aposentados e a imagem de Lula

Pesquisas internas da Presidência detectaram que o caso anulou a leve recuperação de popularidade do presidente

Por Daniel Pereira, Ricardo Chapola Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 19 Maio 2025, 06h45 - Publicado em 18 Maio 2025, 21h34

Pesquisas internas da Presidência da República detectaram que o escândalo do roubo a aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) anulou a leve recuperação de popularidade do presidente Lula e do governo registrada no mês passado.

Antes de o esquema de corrupção vir a público, numa operação deflagrada pela Polícia Federal (PF) e a Controladoria-Geral da União (CGU), o Datafolha mostrou que a aprovação ao governo passou de 24% para 29% entre fevereiro e abril, e a reprovação caiu de 41% para 38%.

Já um levantamento da AtlasIntel em parceria com a Bloomberg revelou que a aprovação ao presidente subiu de 44,9% para 46,1%, e a rejeição diminuiu de 53,6% para 50,1%, entre abril e março. Nas duas sondagens, o saldo continuava negativo para Lula, mas o presidente tinha pelo menos conseguido interromper a trajetória de perda de apoio. A crise no INSS jogou por terra todo esse esforço.

Fontes da Presidência não revelam os números da sangria, mas reconhecem que houve um derretimento de imagem preocupante, a ponto de haver dúvidas se Lula conseguirá recuperar o prejuízo até 2026. Tudo dependerá de uma série de fatores. Entre eles, o grau de satisfação de aposentados e pensionistas com os esforços do governo para ressarci-los.

“Um amigo petista me ligou agora apavorado com os primeiros números das pesquisas. Aí eu falei: ‘calma, você vai se lembrar de que esses eram os bons tempos!'”, provocou numa rede social o presidente do PP, senador Ciro Nogueira, ex-ministro da Casa Civil de Jair Bolsonaro e um dos principais líderes da oposição.

Continua após a publicidade

Reação analógica

Mais uma vez, o desgaste de Lula está associado à demora da gestão petista para reagir a crises, sobretudo nas redes sociais, onde os apoiadores de Bolsonaro nadam de braçada. Um levantamento divulgado pela Quaest identificou que o caso do INSS gerou mais repercussão em 30 000 grupos de mensagens monitorados pela consultoria, em diversas plataformas, do que outros temas de interesse nacional, como a proposta de anistia aos condenados pelos atos golpistas de 8 de janeiro de 2023.

A sondagem revelou também que o escândalo mobilizou mais os grupos de mensagens do que a suposta taxação do PIX, que foi divulgada pela oposição no início do ano e fez derreter a popularidade do presidente. Mesmo com a comunicação oficial sob gestão do marqueteiro Sidônio Palmeira, os governistas reagiram com atraso e de forma atabalhoada, só conseguindo unificar um discurso semanas após o tema cair no conhecimento popular. A demora, a cacofonia e a desorganização estão cobrando caro. Não é exagero definir como pânico o clima reinante no Planalto.

Compartilhe essa matéria via:
Publicidade

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

OFERTA RELÂMPAGO

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*
Apenas 1,99/mês*

Revista em Casa + Digital Completo

Receba 4 revistas de Veja no mês, além de todos os benefícios do plano Digital Completo (cada revista sai a partir de R$ 7,48)
A partir de 29,90/mês

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$23,88, equivalente a R$ 1,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.