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Ex-faxineira bolsonarista indicou Roberto Alvim para o governo

Bolsonaro havia afirmado à madrinha da indicação que Alvim teria "toda a carta branca" para resolver o que quisesse

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 17 jan 2020, 16h16 - Publicado em 17 jan 2020, 16h00

Em sua edição de 15 de janeiro, VEJA revelou a história de Geralda Gonçalves e a atuação dela no aparelhamento de cargos-chaves no governo de Jair Bolsonaro. Conhecida como Geigê, a brasileira radicada há mais de duas décadas nos Estados Unidos, onde começou a vida como faxineira, foi a madrinha da indicação, entre outros, do controverso Roberto Alvim, exonerado nesta sexta-feira da secretaria Nacional da Cultura. “Indiquei praticamente oito secretários. Eu tenho mesmo acesso ao presidente”, disse Geigê a VEJA.

Foi na Secretaria Especial da Cultura que a bolsonarista fez mais indicações. Em uma conversa gravada, ela resumiu como seria a atuação de Alvim à frente da pasta. Disse ter ouvido o seguinte do presidente Bolsonaro: “Eu dei carta branca para o Alvim. Vai ficar lá no guarda-chuva lá do ministério, porém o Alvim vai ter toda a carta branca para resolver o que quiser”.

Ainda candidato a secretário, Roberto Alvim fez chegar ao chefe do Executivo a mensagem de que tinha “uma equipe de excelência pronta para agir de modo rápido e eficaz”. “Quem está lá agora não sabe o que fazer”, concluía o agora ex-secretário no texto encaminhado a Geigê e, na sequência, remetido ao próprio presidente.

Alvim deixa o cargo depois da divulgação de um vídeo em que copiou um discurso do nazista Joseph Goebbels, ministro da propaganda de Adolf Hitler, para anunciar a criação do Prêmio Nacional das Artes. “A arte brasileira da próxima década será heroica e será nacional, será dotada de grande capacidade de envolvimento emocional, e será igualmente imperativa, posto que profundamente vinculada às aspirações urgentes do nosso povo, ou então não será nada”, disse o ex-secretário de Cultura.

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O discurso tem diversos traços de semelhança com uma conhecida declaração de Goebbels feita em 1933 com diretrizes para o teatro nazista. “A arte alemã da próxima década será heroica, será ferreamente romântica, será objetiva e livre de sentimentalismo, será nacional com grande páthos e igualmente imperativa e vinculante, ou então não será nada”, disse o ministro do Reich, segundo o livro Joseph Goebbels: Uma biografia, do historiador alemão Peter Longerich.

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