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Ex-governador Beto Richa e mulher são presos no Paraná

Tucano foi detido por suspeitas de fraudes no programa Patrulha Rural; simultaneamente, nova fase da Lava Jato prendeu Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete

Por Guilherme Venaglia Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Guilherme Voitch Atualizado em 4 jun 2024, 17h21 - Publicado em 11 set 2018, 07h19
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  • Com mais de 55% dos votos, Beto Richa é reeleito governador do Paraná
    Com mais de 55% dos votos, Beto Richa é reeleito governador do Paraná (Paulo Lisboa/Folhapress)

    O ex-governador do Paraná Beto Richa (PSDB), sua esposa, Fernanda Richa, e seu irmão, José Richa Filho, foram presos na manhã desta terça-feira 11 pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Richa é suspeito em um inquérito que apura fraudes no programa Patrulha do Campo, destinado à manutenção de estradas rurais no interior do estado.

    Richa e Fernanda foram presos no apartamento do casal, em Curitiba, onde foram realizados simultaneamente dois mandados de busca e apreensão: um pelo Gaeco, outro pela Polícia Federal, que realiza também nesta terça a 53ª fase da Operação Lava Jato, batizada de Operação Piloto. Richa é alvo das duas operações, que não têm ligação entre si, mas o mandado de prisão foi expedido pela Justiça Estadual. O ex-governador é candidato ao Senado pelo PSDB nas eleições de 2018.

    Em maio, VEJA revelou que Nelson Leal Júnior, ex-diretor-geral do Departamento de Estradas e Rodagens (DER) do Paraná, estava detalhando um esquema de corrupção no Patrulha do Campo em seu acordo de delação premiada, implicando Richa, empreiteiras paranaenses e integrantes do Tribunal de Contas do Estado do Paraná (TCE-PR). Na época, o DER era subordinado à Secretaria de Infraestrutura e Logística (SEIL), cujo titular era José Richa Filho.

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    Depoimentos de Nelson e outras provas, como gravações de áudio entregues por colaboradores mostram, que Richa Filho era um dos responsáveis por organizar o esquema com as empreiteiras. Outros dois integrantes do alto escalão do governo do tucano também foram presos: o ex-secretário de Cerimonial e Relações Internacionais, Ezequias Moreira, e o ex-secretário de Assuntos Estratégicos, Edson Casagrande.

    Pela Lava Jato, foram presos Deonilson Roldo, ex-chefe de gabinete do governo do Paraná na gestão do tucano, o empresário Jorge Theodócio Atherino, apontado como “operador financeiro do ex-governador”, e Tiago Correia Adriano Rocha, identificado pelo Ministério Público Federal (MPF) como “braço-direito de Jorge”.

    Sobre a Piloto, a PF informa que a operação diz respeito a suspeitas de “suposto pagamento milionário, feito no ano de 2014, pelo Setor de Operações Estruturadas do grupo Odebrecht,  visando possível direcionamento do processo licitatório para investimento na duplicação, manutenção e operação da rodovia estadual PR-323 na modalidade parceria público-privada”.

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    Sobre o caso, o blog VEJA Paraná também revelou uma gravação que mostrava Roldo pedindo a um empreiteiro paranaense que entrasse como “cobertura” na licitação, de forma a mascará-la para não levantar suspeitas em relação à vitória da Odebrecht, que já estava acertada previamente. Em troca, a empresa desse empreiteiro, o grupo Bertin, teria ajuda para vender parte do complexo de usinas termoelétricas de Aratu, na Bahia, para a Copel, estatal paranaense de energia. A reunião ocorreu em uma segunda-feira, dia 24 de fevereiro de 2014, na sala de Roldo, localizada no 3º andar do Palácio Iguaçu, sede do governo paranaense, ao lado do gabinete do governador.

    Ao todo, o Gaeco, por meio da operação Rádio Patrulha cumpriu 15 mandados de prisão temporária e 26 de busca e apreensão nas cidades de Curitiba, Londrina, Santo Antônio do Sudoeste e Nova Prata do Iguaçu. A Operação Piloto cumpre dois mandados de prisão preventiva, um de prisão temporária e 23 de busca e apreensão, mobilizando 180 policiais federais. O nome da operação, “Piloto”, é uma referência, segundo a PF, “a codinome atribuído pelo grupo Odebrecht”. Segundo delatores da empreiteira, este era o apelido para indicar pagamentos a Beto Richa por meio dos sistemas do “departamento da propina”.

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    A advogada Antonia Lélia Sanchez, que defende o tucano Beto Richa, afirmou que a defesa não teve acesso aos autos e que o ex-governador está “sereno e sempre se colocou à disposição da Justiça para esclarecer os fatos”. A reportagem tenta contato com a defesa de José Richa Filho, Fernanda Richa, Ezequias Moreira e Edson Casagrande. O advogado de Deonílson Roldo, Roberto Brzezinski Neto, afirmou “estranhar” a prisão já que seu cliente sempre se colocou à disposição para colaborar com a Justiça.

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