O governador de Minas Gerais, Fernando Pimentel (PT), nomeou para o cargo de presidente da Fundação Ezequiel Dias (Funed), estatal fabricante de medicamentos, Arthur Maia Amaral, investigado por suspeita de vender remédios adquiridos com dinheiro público em uma farmácia de sua propriedade.
Amaral, que é filiado ao PT, foi prefeito de Luminárias, em Minas Gerais, por dois mandatos e deixou o cargo no dia 31 de dezembro do ano passado. As investigações da Polícia Federal na cidade, que fica a 280 quilômetros de Belo Horizonte, tiveram início em 2011. À época, conforme a investigação, foram descobertos medicamentos com lotes raspados na farmácia do então prefeito, o que é um indício de fraude. Em agosto de 2014, por causa das suspeitas, a PF deflagrou a Operação Hígia. Amaral e outros quatro servidores municipais foram ouvidos e liberados.
O ex-prefeito, que é farmacêutico, negou as irregularidades. “Foi uma denúncia política. Mandaram uma carta anônima. Minhas farmácia tem 75 anos. Pertenceu ao meu avô. Entreguei todas as notas fiscais dos medicamentos comprados pela farmácia e todas as notas fiscais e licitações dos medicamentos comprados pela prefeitura. Não há problema algum.”
A Funed é vinculada à Secretaria de Estado da Saúde. A fundação produz medicamentos como anti-hipertensivos, antidepressivos e analgésicos. Em nota, a assessoria de Pimentel disse “que a nomeação para o cargo de presidente da Funed levou em conta exclusivamente critérios técnicos”. “Com relação à investigação citada, cabe esclarecer que não houve condenação ou comprovação de envolvimento de Amaral em qualquer investigação conduzida pela PF.”
(Com Estadão Conteúdo)