Neste sábado (22), o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso usou o Twitter para explicar que a carta na qual prega a união de candidatos que “não apostam em soluções extremas” em torno do presidenciável que “melhores condições de êxito eleitoral tiver” é destinada aos eleitores e não aos candidatos e partidos.
O texto publicado por FHC na última quinta-feira (20) gerou grande repercussão entre os candidatos à presidência.
No debate realizado pela TV Aparecida no mesmo dia em que o documento foi publicado, Alvaro Dias (Podemos) e Guilherme Boulos (Psol) indicaram não ter aprovado a sugestão do líder tucano de reunir as candidaturas.
Ciro Gomes (PDT) ironizou durante um ato de campanha no Núcleo Bandeirante, região administrativa de Brasília, na sexta-feira (21) o apelo feito pelo ex-presidente.
“É muito mais fácil um boi voar de costas. O FHC não percebe que ele já passou. A minha sugestão para ele, que ele merece, é que troque aquele pijama de bolinhas que está meio estranho por um pijama de estrelinhas. Porque, na verdade, ele está preparando o voto no Fernando Haddad, porque ele não tem respeito a nada e a ninguém, a não ser ao seu próprio ego”, afirmou Ciro.
Marina Silva (Rede) usou as redes sociais para responder a FHC. Pelo Twitter, a ex-senadora ironizou dizendo que “ninguém chama para tirar as medidas com a roupa pronta”, em insinuação de que a articulação do PSDB para conversas seria uma formalidade que teria como objetivo, ao final, trazer os demais para apoiarem seu candidato ao Planalto, Geraldo Alckmin. O comentário de Marina foi feito em resposta a uma outra mensagem de FHC na rede, na qual o ex-presidente diz que, apesar de não ter citado o ex-governador na carta, “quem veste o figurino” descrito no documento é o candidato do PSDB ao Planalto.
O candidato do PSDB à Presidência da República, Geraldo Alckmin, por sua vez, disse concordar “plenamente” com o texto de FHC, classificado pelo presidenciável como “uma reflexão sobre o momento político, dizendo ‘olha, os extremismos não vão ajudar o Brasil a sair da crise’”.
Na publicação deste sábado, Fernando Henrique Cardoso reforçou que defende há meses a criação de um “centro popular e progressista” e afirmou que as últimas repercussões não mudam suas convicções.