Filho de Bolsonaro pede que se filme urna com problema, o que é crime
Entrar com o celular na cabine de votação é proibido; candidato também postou cola com o mesmo nome para as duas vagas ao Senado, o que anula um dos votos
O deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSL-SP), filho do candidato do PSL à Presidência e concorrente a mais um mandato na Câmara, sugeriu aos eleitores que enfrentarem problemas na urna de votação para postar filmagem e dar informações detalhadas sobre o local. A iniciativa, porém, pode ser enquadrada como crime eleitoral.
Eduardo Bolsonaro fez o pedido por meio de nota no Twitter. Aos eleitores, porém, não é permitido filmar as seções eleitorais — muito menos a urna —, conforme as regras definidas pelo TSE. Entrar com o celular na cabine de votação é proibido por lei desde 2009. Os aparelhos devem ficar com os mesários e serão devolvidos na saída do eleitor.
Uma das premissas do candidato Jair Bolsonaro é de que o sistema de urnas eletrônicas do Brasil é falho e permite fraudes eleitorais.
Ao divulgar sua “cola” para a votação de hoje pela rede social, Eduardo Bolsonaro deixou passar um erro que pode ter custado a anulação de um de seus dois votos para o Senado. No texto, o deputado informou que votaria duas vezes para o Major Olímpio, candidato ao Senado do PSL. De acordo com a Justiça Eleitoral, em caso de voto repetido, o segundo é anulado.