Fiz o que achei melhor para o país, diz Janot após acusar Temer
‘Agora vou descansar, porque eu preciso’, afirma procurador, que encerra na sexta-feira seu período de quatro anos à frente do Ministério Público Federal
Ao deixar o Supremo Tribunal Federal (STF) após oferecer denúncia contra o presidente Michel Temer (PMDB) e outros integrantes do PMDB, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse ter feito o que avaliou ser o melhor para a sociedade brasileira, especialmente no combate à corrupção. Ele participou da sua última sessão na Corte, já que sexta-feira é o último dia útil do seu mandato – na segunda-feira, assume Raquel Dodge.
Janot assumiu a chefia do Ministério Público Federal para mandato de dois anos em 2013 e foi reconduzido ao cargo em 2015. “Dei nesse período o meu melhor, fiz aquilo que achei que fosse o melhor para o desenvolvimento da sociedade brasileira, para o desenvolvimento do processo civilizatório do Brasil e espero que assim continue e tenhamos dado um passo adiante no combate a essa corrupção endêmica que vigora no Brasil. Agradeço muito a vocês e agora vou descansar, porque preciso”, disse.
Questionado, Janot disse que não leva “nenhuma” mágoa do seu período como procurador-geral e que “jamais” cometeu algum ato que configure abuso de autoridade, como Temer insinuou nesta quinta-feira durante inauguração de uma obra em Tocantins.