Depois de publicar uma foto em que aparece ao lado do ex-ministro da Saúde e agora deputado federal Eduardo Pazuello (PL-RJ), o vice-presidente nacional do PT, Washington Quaquá, expôs a existência de um racha dentro partido e tem usado as redes sociais para rebater correligionários que o atacaram pelo gesto feito ao lado do general que também é aliado de primeira hora do ex-presidente Jair Bolsonaro.
Na terça-feira, Quaquá, que também é parlamentar, postou no Instagram uma fotografia ao lado de Pazuello e dizia que gostaria de “criar pontes e diálogo”.
A publicação gerou reações imediatas, inclusive da presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, que confrontou publicamente o movimento do dirigente. “Foto do nosso companheiro deputado Quaquá com bolsonarista Pazuello é desrespeitosa com o PT e ofensiva às vítimas da Covid. Na vida e na política, tudo tem limites”, escreveu no Twitter.
Pazuello esteve à frente do Ministério da Saúde durante o auge da pandemia da Covid e foi investigado na CPI no Senado. A amigos, Quaquá continua defendendo a necessidade do diálogo com bolsonaristas, sob o argumento de garantir governabilidade a Lula no Congresso.
Questionado sobre isso, o parlamentar devolveu a alfinetada que receber de Gleisi Hoffmann. “Intolerância é método da direita, e não da esquerda”, disse. E acrescentou: “Não somos fascistas. Pelo menos a esquerda não deveria ser. Mas eu não dou bola para essa UDN de segundinha de Ipanema que se diz de esquerda, mas age como os fascistas”, disparou.