O futuro ministro da Defesa no governo do presidente eleito Jair Bolsonaro, Fernando de Azevedo e Silva, anunciou na tarde desta quarta-feira, 21, os nomes dos futuros comandantes das Forças Armadas. A Marinha será chefiada pelo almirante Ilques Barbosa Júnior, o comandante do Exército será o general Edson Leal Pujol e a Aeronáutica será comandada pelo tenente-brigadeiro do ar Antonio Carlos Moretti Bermudez.
“O Ministério da Defesa dentro da estrutura do novo governo é o que menos muda ou quase muda nada. É baseado nas Forças Armadas, na Marinha, no Exército e na Força Aérea, instituições sólidas e muito organizadas”, disse o futuro ministro no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB), sede do gabinete de transição do governo.
Azevedo e Silva afirmou que as escolhas seguiram o regulamento para as nomeações aos comandos das Forças Armadas, que prevê a indicação de oficiais-generais do último posto das carreiras. “Todos eles estão habilitados a isso”, declarou.
Os atuais comandantes de Exército, general Eduardo Villas Boas, da Marinha, almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, e da Força Aérea, tenente-brigadeiro do ar Nivaldo Luiz Rossato, estão nos postos desde o início de 2015, quando foram nomeados pela ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Doze ministros já escolhidos
Nesta quarta-feira, Bolsonaro anunciou mais dois nomes para sua equipe ministerial. Até o momento, o novo governo já tem 12 titulares de pastas confirmados.
O ex-presidente do PSL Gustavo Bebianno ficará à frente da Secretaria-Geral da Presidência da República. O anúncio foi feito pelo coordenador da transição Onyx Lorenzoni, que destacou que o indicado é um “homem preparado e da absoluta confiança” do presidente eleito.
O carioca de 54 anos foi um dos principais assessores de Bolsonaro durante a campanha, enquanto era presidente do PSL. Entre suas atribuições estavam a administração da agenda e dos encontros do presidente eleito. Bebbiano terá gabinete no 4º andar do Palácio do Planalto e manterá a proximidade com Bolsonaro, que despachará do 3º andar.
O presidente eleito também confirmou o nome de André Luiz de Almeida Mendonça como futuro chefe da Advocacia-Geral da União. Funcionário de carreira da AGU, ele vai substituir Grace Mendonça, no cargo desde 2016 e indicada por Michel Temer (MDB).
Formado na Faculdade de Direito de Bauru em 1993, o futuro ministro fez um curso sobre Corrupção e Estado de Direito na Universidade de Salamanca, em 2013. Mendonça é respeitado por advogados e empresários pela capacidade de diálogo na negociação de acordos de leniência.
O presidente eleito pretende escolher todos os ocupantes de pastas do primeiro escalão até o dia 12 de dezembro, quando passará por cirurgia para reverter a colostomia pela qual passou após sofrer um atentado a faca durante a campanha. A nova operação ocorrerá no hospital Albert Einstein, em São Paulo.
(com Estadão Conteúdo)