Black Friday: Assine a partir de 1,49/semana

Para Fux, delatores da JBS devem trocar Nova York pela Papuda

Após escândalo envolvendo áudio, ministro do Supremo Tribunal Federal recomendou ao Ministério Público a prisão de Joesley Batista e Ricardo Saud

Por Da Redação
Atualizado em 6 set 2017, 16h10 - Publicado em 6 set 2017, 15h25

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux defendeu nesta quarta-feira a revogação, pelo Ministério Público Federal (MPF), dos benefícios concedidos aos delatores da JBS. Diante do escândalo envolvendo a gravação de uma conversa entre o executivo Joesley Batista e o diretor de relações institucionais da empresa, Ricardo Saud, Fux disse que os colaboradores deveriam passar “do exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda”.

A própria JBS entregou à Procuradoria-Geral da República (PGR) um áudio em que Joesley e Saud fazem menções ofensivas a ministros do STF e à ex-presidente Dilma Rousseff (PT), entre outras autoridades. A gravação, de mais de quatro horas, mostra que os delatores omitiram crimes ao negociar o acordo de colaboração premiada com o MPF.

“Os partícipes do delito, que figuraram como colaboradores, ludibriaram o Ministério Público, degradaram a imagem do país no plano internacional, atentaram contra a dignidade da Justiça e revelaram a arrogância dos criminosos de colarinho branco”, disse Fux, durante sessão do STF.

“De sorte que deixo ao Ministério Público a opção de fazer com que os participantes dessa cadeia criminosa, que confessaram diversas corrupções, passem do exílio nova-iorquino para o exílio da Papuda. Eu gostaria de sugerir isso aqui em meu nome pessoal e em nome daqueles que eventualmente concordam com minha indignação”, afirmou o ministro.

A declaração de Fux faz menção ao  fato de Joesley ter se mudado para um apartamento em Nova York, nos Estados Unidos, após assinar o acordo que o livraria de cumprir pena pelos crimes que confessou.

Continua após a publicidade

Ao anunciar a descoberta do áudio, o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, disse que avaliaria a anulação da imunidade concedida aos delatores da JBS. A eventual rescisão do acordo de colaboração não invalidaria as provas e indícios de crimes de corrupção que foram apresentados pelos executivos da empresa.

Na terça-feira, a presidente do STF, ministra Cármen Lúcia, disse que o áudio é uma agressão inédita à dignidade da Corte e pediu uma investigação urgente à Polícia Federal e à PGR para apurar os fatos citados pelos delatores. Cármen Lúcia e outros três ministros — Gilmar Mendes, Ricardo Lewandowski e Edson Fachin — foram mencionados em diálogos desconexos e que não trazem informações concretas ou evidências de que os magistrados pudessem estar implicados em irregularidades.

Publicidade

Imagem do bloco

4 Colunas 2 Conteúdo para assinantes

Vejinhas Conteúdo para assinantes

Matéria exclusiva para assinantes. Faça seu login

Este usuário não possui direito de acesso neste conteúdo. Para mudar de conta, faça seu login

Black Friday

A melhor notícia da Black Friday

BLACK
FRIDAY

MELHOR
OFERTA

Digital Completo

Acesso ilimitado ao site, edições digitais e acervo de todos os títulos Abril nos apps*

a partir de 5,99/mês*

ou
BLACK
FRIDAY
Impressa + Digital
Impressa + Digital

Receba 4 Revistas no mês e tenha toda semana uma nova edição na sua casa (menos de R$10 por revista)

a partir de 39,96/mês

ou

*Acesso ilimitado ao site e edições digitais de todos os títulos Abril, ao acervo completo de Veja e Quatro Rodas e todas as edições dos últimos 7 anos de Claudia, Superinteressante, VC S/A, Você RH e Veja Saúde, incluindo edições especiais e históricas no app.
*Pagamento único anual de R$71,88, equivalente a 5,99/mês.

PARABÉNS! Você já pode ler essa matéria grátis.
Fechar

Não vá embora sem ler essa matéria!
Assista um anúncio e leia grátis
CLIQUE AQUI.