Política

Gilmar reage a Tarcísio e diz que país não aguenta mais tentativas de golpe

Ministro do STF respondeu a críticas ao Supremo, destacando que não há nenhuma ditadura de toga e que magistrados não agem como tiranos

Por Marcelo Ribeiro SEGUIR SEGUINDO 7 set 2025, 21h08

O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), durante participação no evento internacional Brazil Conference, nos EUA, em 12 de abril de 2025 (Brazil Conference/YouTube/Reprodução)

Em reação a declarações de Tarcísio de Freitas durante protesto bolsonarista, o ministro Gilmar Mendes, do STF, respondeu as críticas feitas pelo governador de São Paulo à Corte, destacou que não há nenhuma ditadura de toga e que magistrados não agem como tiranos.

Mais cedo, o chefe do Executivo paulista disse, durante a manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e do PL da Anistia, que “ninguém aguenta mais a tirania” do ministro Alexandre de Moraes.

Sem citar Tarcísio, Gilmar escreveu, em sua página nas redes sociais, que o Brasil não aguenta mais sucessivas tentativas de golpe.

O ministro destacou que o Supremo tem cumprido seu papel de guardião da Constituição e do Estado de Direito, impedindo retrocessos e preservando as garantias fundamentais.

“O que o Brasil realmente não aguenta mais são as sucessivas tentativas de golpe que, ao longo de sua história, ameaçaram a democracia e a liberdade do povo. É fundamental que se reafirme: crimes contra o Estado Democrático de Direito são insuscetíveis de perdão! Cabe às instituições puni-los com rigor e garantir que jamais se repitam”, disse Gilmar.

Além disso, o magistrado afirmou que, no Dia da Independência, é oportuno reiterar que a verdadeira liberdade não nasce de ataques às instituições, mas do seu fortalecimento. “Se quisermos falar sobre os perigos do autoritarismo, basta recordar o passado recente de nosso país: milhares de mortos em uma pandemia, vacinas deliberadamente negligenciadas por autoridades, ameaças ao sistema eleitoral e à separação de Poderes, acampamentos diante de quartéis pedindo intervenção militar, tentativa de golpe de Estado com violência e destruição do patrimônio público, além de planos de assassinato contra autoridades da República”.