A presidente nacional do PT, senadora Gleisi Hoffmann (PR), anunciou que viajará para a Venezuela nesta quinta-feira 10 para comparecer à cerimônia de posse de Nicolás Maduro, em seu segundo mandato como presidente do país, após uma eleição contestada dentro e fora do país.
Gleisi justificou a sua ida ao evento para se opor à “política intervencionista e golpista incentivada pelos Estados Unidos, com a adesão do atual governo brasileiro e outros governos reacionários”. Na semana passada, o Grupo de Lima, como é conhecido o conjunto de catorze nações que se reúne na capital peruana para discutir a crise venezuelana, aprovou um documento em que decide não reconhecer a vitória do ditador no pleito.
O texto foi assinado por representantes de treze países, incluindo o ministro brasileiro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, e não contou apenas com a adesão do México, que se reaproximou com o regime de Maduro após a posse do seu novo presidente, Andrés Manuel López Obrador.
No documento em que se coloca como a representante do PT na posse de Maduro, Gleisi argumenta que os “sofrimentos brutais” aos quais estão sendo submetidos os venezuelanos são por culpa de “manobras de sabotagem” internacionais, como bloqueios e sanções econômicas.
A senadora também se diz convicta da legitimidade do pleito ocorrido no país. “Reconhecemos o voto popular pelo qual Nicolas Maduro foi eleito, conforme regras constitucionais vigentes, enfrentando candidaturas legítimas da oposição democrática”, afirmou.