Guerra de pastores: Malafaia ataca Ribeiro, que se defende nas redes
Pastor da Assembléia de Deus rasga verbo contra colega e pede sua demissão 'para nunca mais voltar'

O pastor Silas Malafaia, da Assembleia de Deus Vitória em Cristo, um dos mais influentes do Brasil e próximos ao presidente Jair Bolsonaro, usou as redes sociais para atacar o ministro da Educação, Milton Ribeiro, que também é pastor, mas da igreja Presbiteriana.
Malafaia desabafou após tomar conhecimento que fotos de Ribeiro ao lado de Gilmar Santos e Arilton Moura foram publicadas em Bíblias que eram distribuídas a fiéis, conforme revelou reportagem do jornal, O Estado de S. Paulo. Os dois pastores são investigados por envolvimento em um esquema de corrupção dentro do MEC. Eles fariam lobby junto à pasta para alocação de verba da educação em prefeituras em troca de propina.
“Vergonha total!”, tuitou Malafaia, “Tem de ser demitido para nunca mais voltar”.
https://twitter.com/PastorMalafaia/status/1508485928817414150
Ribeiro também usou as redes sociais para se defender. Em uma série de três publicações alegou que autorizou uso de imagem para um “evento de cunho religioso”, sem, no entanto, especificar qual. Segundo o ministro da Educação, ao tomar conhecimento que as bíblias estavam sendo distribuídos em outras ocasiões sem sua autorização, ele solicitou que a editora Casa Paulista não mais publicasse o material com sua imagem.
Uma carta registrada com a data de outubro do ano passado, direcionada à Gilmar Santos, foi anexada à publicação.
https://twitter.com/mribeiroMEC/status/1508454809405382656
Em outra mensagem pelas redes, Malafaia diz que mais de 200 000 pastores no Brasil não podem ser manchados por dois ou três. A pressão da base evangélica foi o principal fator que levou Bolsonaro a considerar o afastamento de Ribeiro do cargo.