O Instituto Ronaldinho Gaúcho terá de devolver 7,2 milhões de reais ao Tesouro Nacional. A decisão é do Tribunal de Contas da União (TCU), que julgou irregulares as contas apresentadas pela associação privada criada pelo ex-jogador de futebol, que recebeu dinheiro do governo federal para dar aulas a crianças, mas não comprovou a correta aplicação dos recursos.
A criação do instituto foi anunciada em 2006, em solenidade que teve a presença do então ministro do Esporte, Orlando Silva, do então prefeito de Porto Alegre, José Fogaça, e do vice-presidente do clube Barcelona na época, Ferran Soriano. Ronaldinho dizia que seu sonho de ajudar o próximo estava se realizando e prometia educação esportiva para crianças.
O jogador nomeou o irmão, Roberto de Assis Moreira, para presidir a nova entidade. O TCU condenou o Instituto e Roberto de Assis ao constatar várias irregularidades, como a não execução dos objetivos pactuados com o governo, relação de pagamentos com informações conflitantes com os saques da conta específica e com as notas fiscais e ausência de documentos que comprovassem a fiscalização da execução do convênio.
Esta é a segunda vez que o TCU cobra a dívida do Instituto Ronaldinho Gaúcho. Em 2021, o débito estava calculado em 4,2 milhões de reais. Corrigido, o valor chega a 7,2 milhões de reais, em valores de abril deste ano. Roberto de Assis não retornou mensagens de VEJA.