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Jair Bolsonaro diz ser ‘sempre favorável à liberdade de expressão’

Manifestação do presidente do Twitter acontece depois de o STF determinar mandados contra pessoas que criticaram a Corte nas redes sociais

Por Redação
Atualizado em 16 abr 2019, 15h33 - Publicado em 16 abr 2019, 15h20

Depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes determinar mandados de busca e apreensão contra pessoas que se manifestaram contra a Corte em redes sociais, nesta terça-feira, 16, o presidente Jair Bolsonaro afirmou em sua conta no Twitter que sempre será “favorável à liberdade de expressão, direito legítimo e inviolável”.

Um dos alvos dos sete mandados cumpridos pela Polícia Federal no âmbito do inquérito para apurar fake news contra a Corte foi o general da reserva Paulo Chagas, que se candidatou ao governo do Distrito Federal em 2018 com apoio de Bolsonaro. Segundo Moraes, Chagas fez “postagens nas redes sociais de propaganda de processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política e social, com repercussão entre seguidores”. O ministro sustentou ainda que o “investigado defendeu a criação de um Tribunal de Exceção para julgamentos do Ministros do STF ou mesmo substituí-los”.

Em sua decisão, Alexandre de Moraes também determinou o bloqueio de contas em redes sociais e do WhatsApp dos sete alvos da ação da PF. Ele observou que foram verificadas mensagens com “conteúdo de ódio e de subversão da ordem” direcionadas ao STF. No início da tarde desta terça, contudo, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, informou o Supremo que vai arquivar o inquérito.

Na última quinta-feira, 11, Jair Bolsonaro já havia manifestado apoio ao apresentador e comediante Danilo Gentili, condenado a seis meses e 28 dias de prisão em regime semiaberto em uma ação por injúria movida pela deputada federal Maria do Rosário (PT-RS). Na ocasião, Bolsonaro escreveu que se solidarizava com Gentili “ao exercer seu direito de livre expressão e sua profissão”.

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A postura de Jair Bolsonaro em defesa da liberdade de expressão nos dois casos contrasta com as críticas que frequentemente faz à imprensa. Depois de a coluna Radar, de VEJA, noticiar que o presidente demonstrou desinteresse em reuniões com líderes partidários sobre a reforma da Previdência, chegando a se distrair em um computador, Bolsonaro declarou: “Quero ser amigo da imprensa, mas fica difícil. Todo dia são três ou quatro fake news”. Ele também já disse que o jornal Folha de S. Paulo é “toda a fonte do mal” na imprensa.

Embora o mesmo Alexandre de Moraes tenha censurado nesta segunda-feira, 15, reportagens e notas da revista Crusoé e do site O Antagonista que tratavam sobre o presidente da Corte, ministro Dias Toffoli, também no âmbito no inquérito das fake news contra o STF, Bolsonaro não se manifestou a respeito.

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