O deputado André Janones (Avante-MG) comanda uma parte delicada das ações de campanha do ex-presidente Lula nas redes sociais — a parte, diga, voltada a atacar, provocar, desafiar, espalhar fake news e fazer acusações falsas contra adversários do candidato do PT. Uma reportagem de VEJA desta semana mostra o baixo nível desse trabalho.
O comportamento agressivo do parlamentar já lhe rendeu vários processos e pelo menos duas condenações por danos morais. Em um deles, Janones foi obrigado a pagar uma indenização a um ex-candidato a vereador depois de chamá-lo de “verme”. Em outro, foi obrigado a indenizar um ex-prefeito, depois de ter invadido uma audiência na Justiça, gravado e publicado um vídeo rotulando o depoente de “corrupto”.
As condenações por danos morais quase sempre resultam em punições pecuniárias com valores baixos. O deputado pagou 10 mil reais de indenização ao ex-vereador. No outro caso, foram apenas 3 mil reais, segundo um dos advogados do autor da ação, o ex-prefeito Fued José Dib, que passou pelo constrangimento de ser filmado e xingado.
Janones diz que luta em defesa dos menos favorecidos e comemora as condenações: “Esses processos são como troféus”, diz ele por meio de nota. O vereador Carlos Bolsonaro também está processando o deputado. O filho do presidente da República foi chamado nas redes sociais de “miliciano” e “vagabundo”.
Considerado uma celebridade no mundo digital, o deputado Janones tem sete milhões de seguidores no Facebook, dois milhões no Instagram e mais 1,5 milhão no Youtube.