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Joesley, em áudio: “Janot quer ser presidente da República”

VEJA teve acesso a conversas gravadas entre os delatores da JBS no período em que eles negociavam a colaboração premiada

Por Hugo Marques Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Laryssa Borges Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO , Robson Bonin Materia seguir SEGUIR Materia seguir SEGUINDO Atualizado em 29 set 2017, 17h25 - Publicado em 29 set 2017, 08h50
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  • BRASIL - Brasília - BSB - PA - 14/09/2017 - PA - O Procurador-Geral da República, Rodrigo Janot particip da sessão plenária do Supremo Tribunal Federal (STF). Foto de Jorge William /Agência O Globo
    Rodrigo Janot: o ex-procurador-geral era visto pelos delatores como candidato a presidente da República (Jorge William/Agência O Globo)

    Há três semanas, VEJA revelou em primeira mão o conteúdo da gravação que resultou no cancelamento do acordo de delação dos executivos da JBS. Nela, Joesley Batista e Ricardo Saud, diretor de relações institucionais do grupo, conversam sobre detalhes do acordo que, àquela altura, estava prestes a ser formalizado. As conversas sugeriam que a negociação contara com a orientação de um assessor do procurador Rodrigo Janot, que determinou uma investigação sobre o caso, pediu a prisão do seu antigo assessor e suspendeu os benefícios dos delatores. Nos próximos dias, o Supremo Tribunal Federal decidirá se as provas apresentadas pela JBS na vigência do acordo continuam válidas, entre elas um diálogo que compromete o presidente Michel Temer (PMDB) e outro que alveja o senador Aécio Neves (PSDB-MG). Agora, novas gravações obtidas por VEJA prometem acirrar ainda mais esse debate.

    OUÇA AQUI essa conversa.

    O áudio que provocou a reviravolta no caso foi entregue acidentalmente à Procuradoria-Geral da República pelos executivos da JBS. Mas não foi apenas um — foram quatro. VEJA teve acesso a todos. São gravações de conversas entre os próprios executivos da empresa. Na principal delas, Joesley e Saud haviam acabado de deixar a sede da PGR, onde se reuniram para mais uma rodada de negociações. No caminho para o aeroporto, eles conversam com Francisco de Assis e Silva, o diretor jurídico do grupo, sobre as impressões captadas na reunião. Fica claro que já tinham apresentado os diálogos demolidores com Temer e Aécio.

    “Achei que ganhamos eles”, diz Saud. “Nós só temos um risco”, pondera Assis e Silva. “O compromisso político do Janot com o Temer”, completa Silva, dando a entender que havia alguma aliança entre o procurador e o presidente. Saud adverte: “Mas não tem (o risco) com o Aécio (…). Nós temos as duas op­ções. Ele não pode se dar bem com o PSDB e o PMDB”, completa, sugerindo que Janot não teria condições de proteger tucanos e peemedebistas simultaneamente. O diretor jurídico então conclui: “Eles (os procuradores) querem f… o PMDB”. Em outro momento, Joesley diz: “Janot quer ou ele ser o presidente da República, ou indicar quem vai ser”.

    Defesa

    Em nota, a J&F, empresa que controla a JBS, afirma que os áudios sigilosos obtidos por VEJA não foram entregues acidentalmente ao Ministério Público e diz que eles já estavam sob a guarda do ministro Edson Fachin e haviam sido considerados quando o acordo de delação dos executivos da JBS foi homologado. “Diferentemente do que foi publicado por VEJA, os áudios a que se refere o texto desta sexta-feira (29/9) intitulado ‘Eles querem f… o PMDB!’ não foram entregues ‘acidentalmente’ à PGR pelos executivos da JBS, nem são mais recentes que os demais já divulgados. Na verdade, tais gravações já haviam sido recuperadas dos aparelhos entregues há meses por Joesley Batista à Polícia Federal, e estavam com sigilo decretado pelo STF por se tratarem de diálogos entre advogados e clientes”.

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