Jucá atribui denúncia a “fixação” de Janot e “fetiche” por bigode
Procurador-geral da República apresentou na segunda-feira a terceira denúncia contra o senador peemedebista em apenas uma semana
O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), afirmou nesta terça-feira que o procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, tem uma “fixação” nele e talvez até um “fetiche” por seu bigode. Para o senador, Janot começou bem na Procuradoria, mas está deixando o cargo em 17 de setembro de forma “melancólica”.
“Diria que [ele tem], pelo menos, uma fixação. Ele até deu uma declaração sobre meu bigode, não sei se é um fetiche, se é alguma coisa. Portanto, diria que não entendo esse comportamento dele”, disse Jucá, em referência à terceira denúncia que Janot apresentou contra o senador em apenas uma semana.
Dessa vez, Jucá é acusado de os cometer crimes de corrupção e lavagem de dinheiro. A denúncia toma como base as delações de executivos da Odebrecht.
O senador de Roraima disse estar muito tranquilo e que não há nada que o comprometa. “Confio na Justiça. Quem parece que não confia na Justiça é o senhor Rodrigo Janot”, disse. Para Jucá, o procurador apresentou a nova denúncia “açodadamente” e “intempestivamente”, uma vez que a investigação que baseia a denúncia não foi concluída. “O processo está na Polícia Federal.”
Jucá disse que é “lamentável” a postura do procurador-geral. “O doutor Rodrigo Janot começou bem, mas está tendo uma despedida melancólica, lamentável, triste. Acho que não dá para querer se transformar em justiceiro, passar por cima da Justiça e tentar fazer uma ação deliberadamente contra a política brasileira. Acho lamentável, mas respeito a posição dele”, afirmou o peemedebista.
(Com Estadão Conteúdo)