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Líderes tucanos reagem a fala de Meirelles sobre relação com PSDB

Para Alberto Goldman, presidente interino do partido, ministro da Fazenda "falou mais do que devia" ao comentar saída do partido da base de apoio ao governo

Por Estadão Conteúdo
Atualizado em 5 dez 2017, 11h50 - Publicado em 5 dez 2017, 09h41
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  • Os tucanos reagiram à entrevista do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, ao jornal Folha de S.Paulo publicada nesta segunda-feira, na qual ele criticou o PSDB e disse que a saída do partido do governo “terá consequências eleitorais” em 2018. Segundo Meirelles, os tucanos não estão comprometidos com a política econômica que será o “legado” da gestão do presidente Michel Temer (PMDB).

    “É uma deslealdade dele com o PSDB”, disse o deputado Ricardo Tripoli, líder do PSDB na Câmara. “Em vez de verificar quantos votos o partido dele (PSD) têm na base, Meirelles fica atacando o PSDB. Isso de defender o legado do Temer é besteira. Vamos mostrar à sociedade que vamos continuar com as reformas, estabilizar o País e fazer voltar a crescer”.

    Presidente interino do PSDB, o ex-governador Alberto Goldman também criticou a entrevista. “Ele falou mais do que devia”, afirmou o tucano. Segundo Goldman, Meirelles tem “plena consciência” de que o PSDB é à favor da reforma da Previdência.

    Ruptura

    Em entrevista à Folha de S.Paulo, Henrique Meirelles afirmou que o governo terá um candidato à Presidência para as eleições de 2018 e não será o atual governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB).

    A avaliação feita pelo ministro na entrevista é a de que o candidato apoiado pelo governo de Temer  terá que defender por completo a atual política econômica do Planalto e todo o “legado” da gestão do presidente peemedebista. Algo que não é compatível com o discurso do governador tucano.

    Meirelles tem se articulado nos bastidores para concorrer às eleições presidenciais do próximo ano e representar o governo Temer nas urnas. Uma pesquisa do Datafolha mostra que as intenções de voto no ministro variam entre 1% e 2%, dependendo do cenário pesquisado.

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