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Ligado ao PSDB, ex-Dersa tem R$ 113 milhões na Suíça, diz juíza

Paulo Preto tenta levar seu caso ao Supremo, para ser investigado junto com o governador paulista que o nomeou, José Serra (PSDB)

Por Estadão Conteúdo Atualizado em 4 jun 2024, 16h56 - Publicado em 22 fev 2018, 11h54

Autoridades suíças encontraram 113 milhões de reais em quatro contas no país europeu em nome de Paulo Vieira de Souza, o Paulo Preto, ex-diretor da estatal Desenvolvimento Rodoviário (Dersa). Ele foi diretor da companhia entre 2007 e 2010, durante o governo de José Serra (PSDB)

As informações sobre as contas em nome de Souza estão na decisão da juíza federal Maria Isabel do Prado, que autorizou o bloqueio do montante e o estabelecimento de uma cooperação internacional entre o Ministério Público Federal (MPF) e a Suíça para recuperar os valores.

A decisão é de 17 de outubro do ano passado e foi tornada pública nesta quarta-feira (21). “Constam das informações que em 7 de junho de 2016 as quatro contas bancárias atingiam o saldo conjunto de cerca de 35 milhões de francos suíços, equivalente a 113 milhões de reais, convertidos na cotação atual”, diz o despacho da magistrada.

As contas, abertas no banco Bordier & Cie, estão vinculadas a uma offshore panamenha chamada Groupe Nantes. De acordo com a decisão, o dinheiro teria sido mantido no banco suíço até fevereiro de 2017, quando foi transferido para o Deltec Bank and Trust Limited, sediado em Nassau, nas Bahamas.

No documento, a juíza cita informações do MPF de que Souza também teria reduzido seu patrimônio declarado de 4 milhões, em 2014, para 2,8 milhões de reais em 2017. Essa redução indicaria “desfazimentos de bens a fim de evitar eventual ressarcimento ao erário”. Outro trecho do despacho afirma que, entre 2009 e 2010, época em que era diretor da Dersa, Souza efetuou transações acima de 2,5 milhões de reais que eram incompatíveis com seu patrimônio.

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A decisão da juíza foi anexada pelos advogados do ex-diretor da Dersa ao inquérito em curso no Supremo Tribunal Federal (STF) que investiga o hoje senador José Serra. A investigação foi autorizada pelo ministro da Corte Edson Fachin com base na delação da Odebrecht – ex-executivos da empreiteira relataram irregularidades em obras do Rodoanel, em São Paulo.

Souza tenta, por meio de sua defesa, enviar as investigações contra ele que tramitam em São Paulo para o Supremo. O ministro Gilmar Mendes é relator do inquérito sobre Serra. A defesa do ex-diretor da Dersa alega que os fatos investigados em São Paulo já estão sob apuração no STF. Nesta quarta, a procuradora-geral da República, Raquel Dodge, se posicionou contra o pedido.

A defesa de Paulo Vieira de Souza, representada por Daniel Bialski, esclarece que “efetivamente” ainda não foi disponibilizado o acesso à esta investigação e os documentos mencionados pelo MPF sobre contas atribuídas fora do Brasil. “Ademais, esta investigação feita em São Paulo afronta decisão anterior proferida em reclamação perante o STF e, por isso, a defesa aguarda decisão sobre requerimento feito pedindo a avocação desse novo procedimento à Corte e, igualmente, o reconhecimento da nulidade de seus atos e decisões”, explica Bialski.

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