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‘Lula não está morto politicamente’, afirma Michel Temer

Em entrevista, presidente avalia que ausência de petista em eleições "tensiona" o quadro político do país e afirma que ele deve ser derrotado nas urnas

Por Estadão Conteúdo 29 jan 2018, 17h26

O presidente Michel Temer (PMDB) disse nesta segunda-feira, 29, que a ausência do ex-presidente da República Luiz Inácio Lula da Silva (PT) nas eleições “tensiona” o quadro político no Brasil. Em entrevista ao programa Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes, em São Paulo, Temer afirmou que seria importante que Lula fosse “derrotado nas urnas”.

“De certa forma, a não participação de Lula na eleição tensiona o País”, disse Temer. “A figura do Lula é de muito carisma, não dá para dizer que ele está morto politicamente”, afirmou.

O presidente minimizou o fato de existirem duas pré-candidaturas à Presidência ligadas a sua gestão: uma do presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), e outra do ministro da Fazenda, Henrique Meirelles (PSD). “Não atrapalha”, disse.

Indicação nas estatais

Na mesma entrevista, Temer defendeu o direito da classe política de indicar dirigentes para estatais, apesar da polêmica em torno da investigação de vice-presidentes da Caixa Econômica Federal. “A classe política foi eleita pelo voto, tem o direito de indicar dirigentes para estatais. Agora cabe ao governo escolher se aceita a indicação.”

Recentemente, o presidente decidiu afastar quatro executivos do banco após recomendação do Ministério Público Federal, que tem como base suspeitas de corrupção investigadas pelo MPF e pela Polícia Federal.

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Alguns desses vice-presidentes eram ligados à lideranças partidárias.”A situação da Caixa não estava tão dramática quanto a da Petrobras”, disse, evitando se aprofundar na comparação com a empresa que foi alvo de esquema de corrupção nos governos petistas

Segurança pública

Ele disse ainda que o governo começou a estudar a criação de uma Força Nacional que esteja à disposição dos Estados brasileiros para contenção de crises na segurança pública, como a que atingiu o Ceará neste fim de semana. Apesar disso, o presidente procurou rechaçar a responsabilidade da União pela segurança pública nos Estados. A fala é uma reação à cobrança do governador cearense Camilo Santana (PT) por ações do governo federal para conter a onda de violência local.

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