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Marina se aproxima de Huck e de grupos ligados ao PPS

Pré-candidata à Presidência pela Rede, a ex-senadora participou de jantar com Luciano Huck e criticou a polarização entre PT e PSDB

Por Estadão Conteúdo 21 jun 2018, 12h19
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  • Pré-candidata à Presidência da República pela Rede, Marina Silva deixou explícita a aproximação com os chamados movimentos de renovação política para a disputa presidencial. Marina participou nesta quarta-feira (20), no Rio, de um jantar com o apresentador de TV Luciano Huck e outros integrantes do grupo político Agora!.

    Questionada sobre o encontro, a pré-candidata disse que não pretendia colocar o apresentador em uma situação delicada. “É uma reunião com o Agora!, não com Luciano Huck. Ele, ao que eu sei, tem um impedimento que serviu até para sua própria candidatura. Eu tenho respeito pela situação dele. Ele é um membro (do Agora!), mas não pode se colocar. Eu não tenho a pretensão de instrumentalizar ninguém”, afirmou Marina.

    Huck ensaiou filiar-se ao PPS e lançar sua candidatura à Presidência, mas depois declarou que não entraria na disputa deste ano. Ele, no entanto, continua com diálogos frequentes com o partido que Marina corteja para reeditar uma das alianças de sua campanha eleitoral em 2014.

    A Rede acena com a possibilidade do presidente nacional do partido, o ex-ministro da Cultura Roberto Freire, presidente do PPS, assumir a vaga de candidato a vice-presidente em sua chapa. Uma ala do PPS defende um acordo com a Rede, embora haja um compromisso político verbal da sigla em apoiar o ex-governador de São Paulo Geraldo Alckmin, pré-candidato do PSDB.

    No fim da tarde, a pré-candidata se reuniu com membros da Roda Democrática, organização que tem vínculos com integrantes do PPS e apoia o manifesto por um “polo democrático e reformista”, assinado pelo ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, entre outros políticos. Alguns signatários do manifesto avaliam que Marina pode se consolidar como alternativa do chamado “centro democrático” na disputa.

    Polarização

    Durante o primeiro encontro, Marina repetiu críticas à polarização entre PT e PSDB no cenário político nacional nas últimas décadas. Ela reforçou a necessidade de realinhar as forças políticas. “Desde 2010 já falávamos que essa polarização seria prejudicial ao país e sobre a necessidade de um realinhamento político. O PT conversou com o PMDB, o PSDB conversou com o DEM, quando um deveria ter conversado com o outro”, disse.

    A Roda Democrática reúne pessoas interessadas em política filiadas a diferentes partidos, como PSDB, PPS e Novo. O grupo afirma que não vai apoiar nenhum candidato no primeiro turno, mas pretende ouvir as propostas dos vários pré-candidatos alinhados à centro-direita.

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