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Marta Suplicy nega possibilidade de ser vice de Nunes em 2024

Nome da ex-prefeita é defendido pelo presidente do PL, Valdemar Costa Neto, mas enfrenta resistências de Bolsonaro por ela ter sido do PT

Por Ricardo Chapola
26 ago 2023, 14h07
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  • A ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy negou a possibilidade de ser candidata a vice na chapa do atual prefeito da cidade, Ricardo Nunes (MDB), nas eleições municipais do ano que vem. O nome de Marta vinha sendo defendido pelo PL, partido do ex-presidente Jair Bolsonaro. Atualmente, Marta integra o cargo de secretária de Relações Internacionais na gestão de Nunes na prefeitura paulistana.

    O presidente da legenda, Valdemar Costa Neto, é um dos maiores entusiastas dessa ideia. Uma vez que o PL acordou com Nunes de indicar um nome para a vice, o ideal seria, no entendimento de Costa Neto, escolher um quadro estratégico como Marta, que já comandou a prefeitura de São Paulo e tem uma forte ligação com a periferia da capital, regiões onde o atual prefeito não vai bem. Fora isso, a ex-prefeita teria potencial para tirar votos de Guilherme Boulos (PSOL), candidato apoiado pelo PT nas eleições de 2024 em São Paulo.

    Questionada sobre essa possibilidade, Marta negou categoricamente qualquer chance de que isso possa acontecer e atribuiu terem ventilado seu nome a “outros interesses”. A ex-prefeita, porém, não quis explicar quais após ter sido perguntada novamente.

    A sugestão de indicar Marta, no entanto, gerou insatisfação no PL, em especial em Jair Bolsonaro. O ex-presidente já mandou recados a Costa Neto de que não apoia a escolha da ex-petista para a vaga de vice na disputa municipal. Os fatores que pesam contra Marta para essas lideranças do PL seriam o fato de ela já ter sido filiada ao PT, defender as causas da comunidade LGBTQIA+ e ter ficado com a pecha de criar muitas taxas enquanto chefiou o Executivo paulistano.

    Marta construiu boa parte de sua carreira política no PT, partido do presidente Lula. Chegou até a integrar o governo do petista em seu segundo mandato, entre 2006 e 2010. Ela também fez parte da gestão de Dilma Rousseff, como ministra da Cultura. Em 2015, a ex-prefeita deixou o partido acusando vários dirigentes de isolá-la depois que tentou denunciar supostos esquemas de corrupção envolvendo a sigla. Marta filiou-se ao MDB. Depois migrou pra o Solidariedade.

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